Repórter News - reporternews.com.br
Para professor, eleitor não sabe distinguir partidos
O professor de Ciência Política da Universidade de Salamanca (Espanha) José Francisco Sánchez López criticou há pouco a visão equivocada que os eleitores têm dos partidos políticos. Principalmente na América Latina, disse ele, os partidos são vistos como se tivessem o mesmo objetivo, ou seja, a conquista de votos. López participa do 1º Censo do Legislativo Brasileiro.
"É preciso mudar essa mentalidade para que os eleitores percebam com mais clareza as diferenças ideológicas entre os partidos e até entre diferentes candidatos de esquerda", afirmou. Como exemplo, ele comparou os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, da Venezuela, que são de esquerda, mas adotam políticas diferentes.
No âmbito do Legislativo especificamente, continuou o professor, os partidos são fundamentais, pois cabe a eles agrupar interesses e coordenar ações coletivas.
Personalização No mesmo raciocínio de Sánchez López, a jornalista da Globonews Cristiana Lobo disse que, no Brasil, o problema é a personalização da política. Ela argumentou que o eleitor praticamente ignora o programa do partido e se volta para a o candidato em si.
Como exemplo, ela citou o fato de, nas eleições federais, estaduais ou municipais, nem sempre o candidato a vice pertencer ao mesmo partido do titular. "Essa prática reforça a fragilidade dos partidos políticos no Brasil", lamentou.
O jornalista Rudolfo Lago, do jornal Correio Braziliense, concordou com Cristiana e disse que a personalização é uma característica da cultura política brasileira. Porém, ele vê o futuro com otimismo, com a possibilidade de uma reforma política. Ele acredita que, quando a cláusula de barreira, a verticalização das coligações e a exigência de fidelidade partidária forem efetivadas, o cenário pode mudar, com uma reestruturação dos partidos e o fortalecimento dos programas partidários no Brasil.
"É preciso mudar essa mentalidade para que os eleitores percebam com mais clareza as diferenças ideológicas entre os partidos e até entre diferentes candidatos de esquerda", afirmou. Como exemplo, ele comparou os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, da Venezuela, que são de esquerda, mas adotam políticas diferentes.
No âmbito do Legislativo especificamente, continuou o professor, os partidos são fundamentais, pois cabe a eles agrupar interesses e coordenar ações coletivas.
Personalização No mesmo raciocínio de Sánchez López, a jornalista da Globonews Cristiana Lobo disse que, no Brasil, o problema é a personalização da política. Ela argumentou que o eleitor praticamente ignora o programa do partido e se volta para a o candidato em si.
Como exemplo, ela citou o fato de, nas eleições federais, estaduais ou municipais, nem sempre o candidato a vice pertencer ao mesmo partido do titular. "Essa prática reforça a fragilidade dos partidos políticos no Brasil", lamentou.
O jornalista Rudolfo Lago, do jornal Correio Braziliense, concordou com Cristiana e disse que a personalização é uma característica da cultura política brasileira. Porém, ele vê o futuro com otimismo, com a possibilidade de uma reforma política. Ele acredita que, quando a cláusula de barreira, a verticalização das coligações e a exigência de fidelidade partidária forem efetivadas, o cenário pode mudar, com uma reestruturação dos partidos e o fortalecimento dos programas partidários no Brasil.
Fonte:
Agência camara
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/307127/visualizar/
Comentários