Gripe aviária reduz exportações de aves brasileiras

Por conta do surto de gripe aviária no Exterior, sobretudo na Europa, o Brasil deixa de exportar 50 mil toneladas do produto por mês, de acordo com o vice-presidente para a Região Sudeste da União Brasileira de Avicultura (Uba), Érico Antônio Pozzer. Para tentar equilibrar a demanda e a produção, os produtores brasileiros reduziram a produção em torno de 20% a 25%.

"Vínhamos com uma exportação de 250 mil toneladas de frango por mês no último quadrimestre do ano passado. Essa quantidade caiu para 200 mil toneladas em janeiro, 190 mil toneladas em fevereiro e, em março, voltou a mais de 200 mil toneladas. Estamos perdendo umas 50 mil toneladas de produto por mês, que deixou de ser exportado, principalmente, em função das notícias veiculadas na Europa. O consumo lá está sendo retomado, mas existia sobra do produto, que fez com que a exportação brasileira diminuísse", explicou.

Para evitar que o surto pegue o país e os produtores desprevenidos, caso chegue ao Brasil, o governo lançou hoje o Plano Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle. A influenza aviária é a doença que ficou conhecida como gripe aviária, e a doença de Newscastle é conhecida por este nome por ter surgido pela primeira vez nessa cidade inglesa. As duas enfermidades podem matar até 100% das aves de um lote de qualquer espécie e qualquer idade. Nos dois casos, a exportação fica inviabilizada se não houver controle da doença no país. Entidades representativas do setor produtor, como a Ubas, participaram da elaboração do plano.

"Há dois anos estamos trabalhando neste plano com o Ministério da Agricultura, para que tenhamos sucesso com relação à prevenção da Influenza e do Newcastle. Para que, se a doença porventura chegar no Brasil, a gente esteja preparado para ter impacto o menos negativo possível com relação às exportações e a econômica nacional", afirmou.