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Pacote agrícola anunciado pelo governo adia os problemas
O pacote agrícola anunciado pelo governo Federal na manhã de ontem resolve apenas parte dos problemas enfrentados pela atividade agrícola. “As medidas darão fôlego momentâneo ao setor. Se os problemas estruturais não forem sanados, no próximo ano os produtores estarão pedindo ajuda novamente”, alerta o presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso, Rui Ottoni Prado.
Conforme Prado, o segmento enfrenta três problemas: as dívidas públicas, as dívidas privadas e a falta de renda da atividade. “O primeiro item foi contemplado pelo pacote. Em relação ao segundo, a flexibilização do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) pode resolver uma parcela do problema. Já para o terceiro ponto, não houve propostas do governo”, enumera. Prado também avalia que o governo não injetou novos recursos no setor. “A maior parte do montante (R$ 7,7 bilhões) já estava no sistema”, explica.
A Aprosoja MT avalia que para restabelecer a renda do setor o Governo Federal precisa resolver questões como, falta de infra-estrutura, controle da ferrugem asiática, câmbio, política de juros e preço de óleo diesel. “A ferrugem asiática, por exemplo, aumenta o custo de produção e ainda interfere na produtividade da soja”, explica. Prado também argumenta que o litro do óleo diesel está três vezes mais caro que há dois anos: “O combustível é um dos itens que mais onera a produção”.
Outro ponto que decepcionou os produtores rurais foi a falta de um Prêmio de Escoamento de Produção (Pep) para o soja. A criação do programa beneficiaria os produtores mato-grossenses, já que o Estado está a 2000 Km do centro consumidor e do porto de Paranaguá. “O governo está se esquecendo do produto que representa 40% da balança comercial”, desabafa Rui Prado.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Homero Pereira, alerta que o setor deve aguardar a efetivação das medidas. “Até agora é apenas um anúncio. Temos que esperar o resultado prático”, explica. Pereira receia que os alongamentos das dívidas venham acompanhados de exigências que engessem o pacote. “Se as medidas exigirem garantias como, por exemplo, produtos, o agricultor não poderá aderir ao programa”, avisa Pereira. As medidas anunciadas pelo governo dependem da aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Para Homero, a divulgação do pacote sinaliza que o Governo reconhece que existe um problema sério instalado na agricultura. No entanto, o presidente da Famato faz uma ressalva: “Estamos desde 2004 alertando sobre o problema e só agora tomaram uma posição”.
Fórum Rural MT - As onze entidades que compõem o Fórum Rural MT se reúnem na próxima quarta-feira, 12 de abril, para analisar as medidas e tomar um posicionamento único diante da situação. Segundo Homero Pereira, um dos pontos principais da discussão será a regionalização das reivindicações por conta dos problemas de logística enfrentados por Mato Grosso. O Fórum Rural MT também vai discutir com um grupo de advogados as possibilidades judiciais que podem ser usadas para proteger o produtor.
Conforme Prado, o segmento enfrenta três problemas: as dívidas públicas, as dívidas privadas e a falta de renda da atividade. “O primeiro item foi contemplado pelo pacote. Em relação ao segundo, a flexibilização do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) pode resolver uma parcela do problema. Já para o terceiro ponto, não houve propostas do governo”, enumera. Prado também avalia que o governo não injetou novos recursos no setor. “A maior parte do montante (R$ 7,7 bilhões) já estava no sistema”, explica.
A Aprosoja MT avalia que para restabelecer a renda do setor o Governo Federal precisa resolver questões como, falta de infra-estrutura, controle da ferrugem asiática, câmbio, política de juros e preço de óleo diesel. “A ferrugem asiática, por exemplo, aumenta o custo de produção e ainda interfere na produtividade da soja”, explica. Prado também argumenta que o litro do óleo diesel está três vezes mais caro que há dois anos: “O combustível é um dos itens que mais onera a produção”.
Outro ponto que decepcionou os produtores rurais foi a falta de um Prêmio de Escoamento de Produção (Pep) para o soja. A criação do programa beneficiaria os produtores mato-grossenses, já que o Estado está a 2000 Km do centro consumidor e do porto de Paranaguá. “O governo está se esquecendo do produto que representa 40% da balança comercial”, desabafa Rui Prado.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Homero Pereira, alerta que o setor deve aguardar a efetivação das medidas. “Até agora é apenas um anúncio. Temos que esperar o resultado prático”, explica. Pereira receia que os alongamentos das dívidas venham acompanhados de exigências que engessem o pacote. “Se as medidas exigirem garantias como, por exemplo, produtos, o agricultor não poderá aderir ao programa”, avisa Pereira. As medidas anunciadas pelo governo dependem da aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Para Homero, a divulgação do pacote sinaliza que o Governo reconhece que existe um problema sério instalado na agricultura. No entanto, o presidente da Famato faz uma ressalva: “Estamos desde 2004 alertando sobre o problema e só agora tomaram uma posição”.
Fórum Rural MT - As onze entidades que compõem o Fórum Rural MT se reúnem na próxima quarta-feira, 12 de abril, para analisar as medidas e tomar um posicionamento único diante da situação. Segundo Homero Pereira, um dos pontos principais da discussão será a regionalização das reivindicações por conta dos problemas de logística enfrentados por Mato Grosso. O Fórum Rural MT também vai discutir com um grupo de advogados as possibilidades judiciais que podem ser usadas para proteger o produtor.
Fonte:
Da Assessoria
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/307317/visualizar/
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