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Cultura
Sexta - 07 de Abril de 2006 às 10:58
Por: Lorenzão Falcão

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O lançamento nacional da Literamérica 2006 levou embaixadores e representantes dos quinze países que vão participar da II Feira Sul-Americana do Livro ao auditório San Tiago Dantas, do Palácio Itamaraty, em Brasília. O evento, que vai acontecer em setembro em Cuiabá, reuniu ainda diversas autoridades estaduais e federais, entre deputados, senadores, secretários, artistas e produtores culturais.

A vice-governadora Iraci França, representando o governador Blairo Maggi, destacou a importância da Literamérica e a ampla adesão que ela vem encontrando junto a instituições e empresas, além da população. Garantiu que os países participantes e as pessoas que visitarem a feira, em setembro, terão um belo exemplo da hospitalidade do povo cuiabano.

A solenidade teve como destaque a apresentação da Orquestra de Câmara do Estado de Mato Grosso, que interpretou três músicas. O som da viola-de-cocho contracenando com violinos, violoncelos e violas, acompanhado por uma percussão típica, encantou os presentes. O maestro Leandro Carvalho preparou um repertório especial para a ocasião, evocando o cancioneiro sul-americano e a língua espanhola. “Guardame las vacas”, do compositor espanhol do século XVI, Luys de Narvaes; “Dança Paraguaia”, do paraguaio Augustin Barrios, e “Cuiabá 2005”, de Ítalo Perón, foram tocadas.

Em seguida as autoridades presentes se manifestaram. O secretário de Estado de Cultura de Mato Grosso, João Carlos Vicente Ferreira, foi o primeiro a falar. Explicou como surgiu a idéia de fazer a Literamérica, exatamente nos moldes em que a Feira se realiza. João Carlos declarou-se satisfeito por participar de um processo que tirou a cultura de uma situação periférica em Mato Grosso, colocando-a como de ponta. “A Literamérica mostra aonde se pode chegar pelo viés da cultura”, disse.

Nazaré Pedrosa, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Cultura, falou após o secretário. Ela elogiou o envolvimento do povo de Mato Grosso e a capacidade de articulação da equipe organizadora da Feira. “A Literamérica tem uma vocação de permanência e também mostra uma força transformadora”, discursou Nazaré. Relembrou que a integração sul-americana é uma prioridade do Governo Federal, e que Mato Grosso é um Estado que demonstra estar sabendo disso.

O presidente da Associação dos Amigos do Livro de Mato Grosso (AlimeMTo), Gabriel de Mattos, também usou da palavra. Ele falou do surgimento da organização não-governamental, co-realizadora da Feira. “Ela nasceu da necessidade de se azeitar a cadeia produtiva do livro”, disse, enfatizando que a AlimeMTo congrega não apenas escritores, mas ainda livreiros, donos de gráficas, editores, enfim, todos os elos componentes da cadeia produtiva do livro.

Eduardo Moro, embaixador do Equador, fez um breve pronunciamento logo depois. Ressaltou que a “função da cultura é proporcionar modelos ao ser humano”. E lembrou que a palavra livre vem de livro que, por sua vez, é algo que nasce em momentos de liberdade. O embaixador do Peru, Hernán Coutirier, foi o próximo a se manifestar. Enfatizou a participação de seu país no evento.





Fonte: Assessoria/Literamérica

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