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Politica Brasil
Sexta - 07 de Abril de 2006 às 07:26

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O advogado de defesa de João Arcanjo Ribeiro, Zaid Arbid, disse que manterá em sigilo o nome da pessoa que lhe entregou a gravação que causou reviravolta no processo sobre a morte de Sávio Brandão, ao contrário do que determinou a juíza da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Maria Aparecida Fago. A magistrada acatou o pedido do advogado da pessoa dona da voz que consta na fita, entregue em juízo por Arbid, para que seja descoberta a forma como a gravação foi feita e adquirida pelo advogado.

“Não fui intimado ainda, mas conheço a decisão, que me causou espécie. Porque qual é o objetivo que se tem hoje de saber quem me entregou a fita, para que saber o sexo dos anjos? O que isso vai resolver? Vai resolver saber o que ela pode esclarecer. A sociedade não quer saber quem entregou ou deixou de entregar, mas se tem fundamento. Eu não sou obrigado atender aquilo que ela vai me intimar, porque tem o sigilo profissional acima de tudo. A minha parte eu fiz, quando me chegou o indício de prova e eu o entreguei. Agora, se o Poder Judiciário não quer prosseguir, não é um problema meu. Mas não sou obrigado a revelar. O sigilo profissional me faculta a me manter em silêncio”, declarou o advogado.

Sobre a possibilidade de Arcanjo ser inserido no Regime Disciplinar Diferenciado, Arbid disse que a decisão compete exclusivamente à direção do presídio Pascoal Ramos, se o preso estiver apresentando indisciplina e causando problemas. Do contrário, sua mudança de regime seria para cercear ainda mais sua liberdade, mudança que, se procedida, terá recurso por parte da defesa. “O secretário de Segurança não tem vontade própria nesse caso. Ele tem que primeiro ouvir o que diz a diretoria, a quem o preso está confiado”.





Fonte: Diário de Cuiabá

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