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Meio Ambiente
Sexta - 07 de Abril de 2006 às 07:00

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Com o cancelamento dos vôos dos ônibus espaciais americanos para a Estação Espacial Internacional, as Soyuz russas estão responsáveis pelo trajeto desde 2003. A tripulação, invariavelmente, tem uma composição fixa: um russo, um americano e alguém que pague para subir, como no caso da parceria com o Brasil para o lançamento de Marcos Cesar Pontes. "Para nós é quase a mesma coisa se é um turista mesmo ou não", afirma o cosmonauta Valery Kubasov, veterano de três viagens espaciais, que atualmente trabalha como consultor.

"Os turistas sempre puderam fazer experiências. Claro que, no caso do brasileiro, ele está fazendo mais experiências e, claro também, não está pagando do próprio bolso. Mas do nosso ponto de vista é a mesma coisa. A preparação dele é a mesma", afirmou Kubasov ao jornal O Globo.

"É verdade que Pontes é formado astronauta pela Nasa, onde se preparou por sete anos. Mas para o vôo que realizou, a rigor, poderia não ter qualquer qualificação desse tipo que os russos o teriam levado do mesmo jeito. Desde, claro, que o governo brasileiro pagasse os US$ 10 milhões previstos no contrato e ele seguisse o treinamento padrão na Cidade das Estrelas. Na verdade, não existe uma cooperação científica Brasil-Rússia, mas sim um negócio", disse. A única contrapartida do Brasil é o pagamento, como atesta a cosmonauta Svetlana Savitskaya, deputada pelo Partido Comunista, ao falar sobre o interesse russo na suposta parceria.





Fonte: Terra

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