Pefelistas e tucanos esperam pesquisa para fechar acordo

O PFL e o PSDB não querem repetir os fiascos anteriores, quando adversários políticos se uniram e foram rejeitados pelo povo nas urnas. Em 98, o PFL tendo Júlio Campos como candidato ao governo se aliou ao PMDB, que lançou o ex-senador Carlos Bezerra ao Senado, ambos adversários históricos.

No início da campanha, Júlio era franco favorito para derrotar o então candidato a reeleição, ex-governador Dante de Oliveira (PSDB). Mas, no final, Dante conseguiu a reeleição e os tucanos elegeram senador Antero de Barros.

O fracasso de 1998 não serviu de lição. Em 2002, o PSDB e o PMDB, que foram adversários nas eleições anteriores, firmaram aliança, tendo Antero como candidato ao governo e Dante e Carlos Bezerra ao Senado. O resultado foi a vitória do governador Blairo Maggi (PPS) no primeiro turno e de Jonas Pinheiro (PFL) e Serys Marli (PT) para o Senado. "Não sinto rejeição nas bases, mas as pesquisas são fundamentais para a gente não errar", diz Dante, "escolado" pelo fato de uma vez ter sido beneficiado e na outra prejudicado. Para Dilceu Dal Bosco, existe o interesse tanto do PFL como do PSDB de se aliar, mas há também um temor de que a união possa ser rejeitada pela população. "Por isso, só vamos avançar nas conversações após os resultados das duas pesquisas".