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Morrem mais duas crianças indígenas em acampamento em MS
São Paulo - Já são cinco os mortos na comunidade caiová-guarani, que está há mais de 100 dias acampada na beira da BR 384, no Mato Grosso do Sul. As últimas vítimas foram Celiandra Peralta, de um ano e um mês, e Osvaldo Barbosa, de 15 dias, que morreram no último dia 27.
Celiandra morreu de pneumonia e septicemia. O laudo da morte de Barbosa ainda não foi liberado, por falta de documentos. As outras vítimas, segundo o líder caiowá Anastácio Peralta, morreram por pneumonia.
Segundo a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), o bebê de 15 dias morreu no momento em que sua mãe se deslocava a pé de Bela Vista para o acampamento, de mudança. Na última semana, durante a 4ª Conferência Nacional de Saúde Indígena, a regional do Conselho Indigenista Missionário no Mato Grosso do Sul divulgou uma carta sobre as mortes.
"Nas aldeias as crianças e adultos continuam morrendo. Não resta dúvida de que por melhor que venha a ser a proposta de saúde indígena, sem a garantia das terras a situação continuará se agravando", diz a nota.
Os índios acampados recebem da Funai alimentação diária e visita de médicos e assistentes quatro vezes por semana. Porém, Peralta conta que a comunidade sofre com as péssimas condições do acampamento "situado em local inadequado, extremamente quente, na beira da estrada e sem água potável".
Acampamento A comunidade está acampada à margem da BR 384 desde que foi expulsa da terra indígena Nhanderu Marangatu, situada no município de Antonio João (MS), na fronteira com o Paraguai. No acampamento estão reunidos mais de 400 índios.
A terra indígena Nhanderu Marangatu, com 9,3 mil hectares, foi homologada em maio de 2005. Em junho do ano passado, no entanto, o Supremo Tribunal Federal decidiu pela reintegração de posse do território ao antigo proprietário, o que resultou na expulsão dos indígenas em 15 de dezembro.
Abril Indígena Cerca de 500 índios estão acampados na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O acampamento, que vai do dia 4 ao 6 de abril, faz parte da série de eventos do Abril Indígena, dedicados a discutir políticas indigenistas.
"Viemos avaliar os resultados dos compromissos assumidos no Abril Indígena de 2005 e pouca coisa foi cumprida", disse o líder indígena. "Das 17 áreas que seriam demarcadas, somente uma foi delimitada", completou.
Nesta quarta-feira, os líderes do acampamento se reuniram com o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). O grupo reivindica que os projetos de lei que tratam sobre os direitos indígenas sejam encaminhados em conjunto e atrelados aos debates do Estatuto do Índio, para garantir que haja coerência entre as matérias.
Aldo disse na reunião que irá propor a criação de uma comissão permanente dos povos indígenas. Tramitam no Congresso 105 projetos de lei e projetos de Emenda Constitucional relacionados aos povos indígenas. Destes, 86 estão na Câmara dos Deputados.
Celiandra morreu de pneumonia e septicemia. O laudo da morte de Barbosa ainda não foi liberado, por falta de documentos. As outras vítimas, segundo o líder caiowá Anastácio Peralta, morreram por pneumonia.
Segundo a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), o bebê de 15 dias morreu no momento em que sua mãe se deslocava a pé de Bela Vista para o acampamento, de mudança. Na última semana, durante a 4ª Conferência Nacional de Saúde Indígena, a regional do Conselho Indigenista Missionário no Mato Grosso do Sul divulgou uma carta sobre as mortes.
"Nas aldeias as crianças e adultos continuam morrendo. Não resta dúvida de que por melhor que venha a ser a proposta de saúde indígena, sem a garantia das terras a situação continuará se agravando", diz a nota.
Os índios acampados recebem da Funai alimentação diária e visita de médicos e assistentes quatro vezes por semana. Porém, Peralta conta que a comunidade sofre com as péssimas condições do acampamento "situado em local inadequado, extremamente quente, na beira da estrada e sem água potável".
Acampamento A comunidade está acampada à margem da BR 384 desde que foi expulsa da terra indígena Nhanderu Marangatu, situada no município de Antonio João (MS), na fronteira com o Paraguai. No acampamento estão reunidos mais de 400 índios.
A terra indígena Nhanderu Marangatu, com 9,3 mil hectares, foi homologada em maio de 2005. Em junho do ano passado, no entanto, o Supremo Tribunal Federal decidiu pela reintegração de posse do território ao antigo proprietário, o que resultou na expulsão dos indígenas em 15 de dezembro.
Abril Indígena Cerca de 500 índios estão acampados na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O acampamento, que vai do dia 4 ao 6 de abril, faz parte da série de eventos do Abril Indígena, dedicados a discutir políticas indigenistas.
"Viemos avaliar os resultados dos compromissos assumidos no Abril Indígena de 2005 e pouca coisa foi cumprida", disse o líder indígena. "Das 17 áreas que seriam demarcadas, somente uma foi delimitada", completou.
Nesta quarta-feira, os líderes do acampamento se reuniram com o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). O grupo reivindica que os projetos de lei que tratam sobre os direitos indígenas sejam encaminhados em conjunto e atrelados aos debates do Estatuto do Índio, para garantir que haja coerência entre as matérias.
Aldo disse na reunião que irá propor a criação de uma comissão permanente dos povos indígenas. Tramitam no Congresso 105 projetos de lei e projetos de Emenda Constitucional relacionados aos povos indígenas. Destes, 86 estão na Câmara dos Deputados.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/307743/visualizar/
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