Delegado vai ouvir novos depoimentos contra o vereador Éden Capistrano

A Polícia Civil quer esclarecer ainda nesta semana as ameaças sofridas pelo vereador de Cuiabá Éden Capistrano (PSB). O delegado Luciano Inácio, da Gerência de Repressão a Seqüestros e Operações Especiais (Gresoe), informou que várias pessoas que tiveram conhecimento dos fatos foram ouvidas, mas são necessários mais depoimentos, pois as informações são insuficientes.

“Estamos ouvindo tantas pessoas assim para saber de onde surgiram [as ameaças] e se elas, de fato, possuem fundamento. Até agora, os depoimentos são insuficientes”, explicou o delegado. Hoje, o delegado deverá ouvir uma pessoa que poderá esclarecer os fatos. “Será um depoimento-chave”.

Segundo o delegado, o último depoimento, previsto na sexta-feira, poderá fechar as investigações. “Ainda não temos a motivação dessas ameaças”, completou o delegado. Desde o início do mês passado o vereador está sendo escoltado por policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

O vereador pediu segurança ao próprio secretário de Justiça e Segurança Pública, Célio Wilson de Oliveira. “A segurança oferecida ao vereador é a mesma dada a autoridades federais, como o juiz Julier Sebastião da Silva. É um acompanhamento integral. Não sabemos o motivo. Apenas cumprimos ordem de fornecer segurança”, explicou o comandante do Comando de Policiamento Especializado, coronel Gilson Farid.

Um político ligado ao vereador disse que Éden tomou conhecimento da ameaça após uma pessoa revelar que um pistoleiro teria recebido uma proposta para matá-lo. Esta pessoa teria narrado como foi realizado todo o acerto para executar o parlamentar. O “negócio” só não foi fechado porque o pistoleiro não teria aceitado o valor ofertado para a “encomenda”.

O vereador é evangélico, após militar por muitos anos na Igreja Católica. Conforme alguns amigos, ele mudou de religião por causa da esposa, que fazia parte da nova congregação. Na Câmara, Éden tem um comportamento discreto, sempre evita grandes polêmicas, o que descartaria, de início, uma ameaça de cunho político.