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Cultura
Terça - 04 de Abril de 2006 às 19:14

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Wayne Coyne diz que vai jogar confete em seu público sempre. Mas que ninguém se engane: o líder do Flaming Lips está com raiva.

Se o último lançamento da banda pela Warner Bros., Yoshimi Battles the Pink Robots, mostrava as emoções do grupo através de letras sobre super-heróis japoneses e andróides, o próximo álbum do grupo, At War With the Mystics, exibe os músicos centrando forças no aqui e no agora. E Coyne não está satisfeito com o que vê.

"Você acha que é um radical, mas você não é tão radical", canta Coyne na faixa Free Radicals do novo álbum. "Na verdade, você é fanático."

O Flaming Lips nunca pareceu tão funk. Mais surpreendente ainda é o sarcasmo na voz de Coyne. Com The Soft Bulletin, de 1999, o Flaming Lips ganhou uma reputação de otimistas eternos, temperando momentos de tristeza com grandes orquestrações, como foi mostrado em Waiting for Superman e no bem-sucedido single Do You Realize?, do álbum Yoshimi. Mas, com o lançamento de At War With the Mystics, nesta terça-feira, os fãs verão uma nova faceta de Coyne.

Do enstusiamo ao protesto "Indiferentemente à escuridão à nossa volta, o Flaming Lips vai encontrar o brilho e cantar sobre isso. Eu não queria que as pessoas pensassem que nós poderíamos apenas ignorar todo o resto e cantar sobre como o mundo é maravilhoso, quando o que temos é uma porcaria como George W. Bush", disse Coyne.

No novo disco, há um punhado de canções de protesto, incluindo a animada Haven't Got a Clue e The W.A.N.D..

Como Coyne explica: "Você pode se sentar aí e dizer, 'vamos cantar apenas sobre a natureza mágica, a mística do amor e da existência'. Não esperamos mudar a guerra. Não tenho ilusões de que o rock tenha mudado algo, mas se não mudou mais nada, é como se fosse uma oração. Cantamos para a escuridão, e com isso nos sentimos melhor."

At War With the Mystics também é o álbum com mais bateria e guitarra da banda desde Clouds Taste Metallic, de 1995. Embora não seja tão agressivo quanto aquele esforço, marca uma mudança para o som mais orgânico, depois do eletro-pop de Yoshimi, que vendeu 508 mil cópias nos Estados Unidos, segundo a Nielsen SoundScan, ganhando o título do álbum mais bem sucedido da banda.

O sucesso chega quase que no final do contrato da banda com a Warner Bros. Com At War With the Mystics, os roqueiros psicodélicos de Oklahoma City terão feito apenas seis álbuns em um acordo de sete discos que assinaram em 1990.

"A menos que vendamos 10 milhões de discos", diz Coyne, "talvez não pertençamos mais à Warner Bros. Mas a Warner nos ama, então continuamos na luta. Se eles nos tiverem, continuaremos seguindo em frente."





Fonte: Reuters

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