Cúpula do PFL se reúne para definir quesitos da pesquisa

A cúpula do PFL se reuniu ontem para traçar os quesitos da pesquisa quantitativa de opinião pública que vai nortear qual caminho o partido deverá tomar em relação a eventuais coligações. Aliado de primeiro momento do PPS e do governador Blairo Maggi em 2002, os pefelistas ficaram impedidos de estarem no mesmo palanque do chefe do poder Executivo por causa do instituto da verticalização, que obriga os partidos nos estados a seguirem as coligações em nível nacional.

PFL e PSDB são aliados na disputa pela Presidência da República com a chapa Geraldo Alckmin, do PSDB, e o vice do PFL. O Instituto Vox Populi foi contratado para realizar a pesquisa em Mato Grosso.

“Precisamos conhecer o que a população espera do PFL e qual o melhor caminho para seguirmos”, disse o presidente do PFL e candidato ao Senado da República, Jaime Campos. “Antes de decidirmos questões partidárias, temos que respeitar a vontade popular”, reforçou Jaime Campos.

A pesquisa do PFL será confrontada com a pesquisa que o PSDB também está colocando para, juntamente com o PL, decidir qual o melhor caminho a ser seguido nas eleições de outubro. Toda essa cautela é decorrente do fato do PFL e do PSDB sempre terem sido adversários políticos em Mato Grosso, diferente em nível nacional, onde o senador Marco Maciel ocupou a vice-presidência da República por oito anos em companhia de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

“O partido precisa tomar decisões e espera que as pesquisas demonstrem, entre as várias opções, aquela que seria de vontade popular”, disse o deputado Humberto Bosaipo, argumentando que, na falta de uma legislação clara e de definições políticas, os partidos se tornaram reféns da verticalização por entendimento da Justiça Eleitoral. “Temos que trabalhar com a possibilidade de termos coligações, mas não se sabe com quem, e também de não termos coligação, então estaríamos sozinhos”, explicou o parlamentar do PFL no seu quarto mandato de deputado estadual.