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Politica Brasil
Terça - 04 de Abril de 2006 às 08:12

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Está marcada para as 14h25 de amanhã a audiência de instrução do processo em que o marqueteiro Walther Jorge Orsi Doriguelo cobra R$ 330 mil do prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos, e do seu irmão, Toninho Domingos, referentes à dívida da campanha eleitoral de 2004. Na ocasião, segundo o advogado de Doriguelo, Francisco Faiad, serão ouvidas três testemunhas de cada lado.

De acordo com o despacho do juiz do trabalho Anésio Yssao Yamamura, referente à primeira audiência, realizada em 14 de novembro de 2005, todas as partes envolvidas no processo deverão comparecer à audiência de quarta-feira, sob pena de “serem tidas como confessas”.

De acordo com as alegações do marqueteiro, no início de julho de 2004 foi firmado um contrato verbal no valor de R$ 430 mil, sendo que somente R$ 100 mil desse total foram honrados pelos contratantes. Ainda segundo consta no processo, Walther Doriguelo alega ter trabalhado na campanha do então candidato ao governo do Estado Blairo Maggi (PPS) em 2002 e em entidades classistas.

O marqueteiro apresentou materiais produzidos durante a campanha eleitoral como provas. Toninho Domingos também está sendo interpelado judicialmente porque era o coordenador de campanha de Murilo Domingos.

De acordo com o advogado de Walther Doriguelo, esta deve ser a última audiência antes do julgamento, que deve acontecer em um prazo de aproximadamente 60 dias. “Isso se não forem apresentados fatos novos”, ressalvou.

Toninho Domingos, que estava em São Paulo, afirmou por telefone que ele e o seu irmão vão comparecer à audiência.

MAIS COBRANÇAS - O marqueteiro também cobra uma dívida de R$ 501 mil do ex-candidato a prefeito de Cuiabá pelo PT, Alexandre Cesar, e da direção municipal do partido. A audiência referente a este processo está marcada para as 14h30 de quinta-feira (06). As supostas dívidas não foram declaradas pelo candidato derrotado. O contrato seria de R$ 600 mil, dos quais somente R$ 99 mil teriam sido pagos.

Na primeira audiência, realizada em 25 de outubro de 2005, Alexandre Cesar não compareceu. Ele foi representado pela advogada Ignez Maria Mendes Linhares. “Eu estou pedindo a revelia dele”, informou o advogado Francisco Faiad, que também representa Doriguelo neste processo. “Se ele não aparecer, vou pedir de novo”, acrescentou Faiad ao ponderar que o pedido só é julgado no final do processo.

No entanto, Alexandre Cesar afirmou que vai comparecer à audiência. “O que eu tenho para dizer está no processo, o trabalho que o Walther prestou ele recebeu. Ele fez uma proposta e não cumpriu”, emendou ao argumentar que houve quebra de confiança durante a execução do trabalho.

Cesar ressaltou ainda que se existe algum serviço pendente é referente ao Diretório Estadual do partido. “Mas isso não está sendo discutido neste processo e não vai ser na imprensa e nem na opinião pública que eu vou discutir isso”, finalizou.

Walther Doriguelo deve chegar em Cuiabá hoje à noite. As audiências serão realizadas na sede do Tribunal Regional do Trabalho, na Avenida Do CPA.





Fonte: Diário de Cuiabá

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