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Orquestra de Câmara do Estado é destaque na mídia nacional
Com o título “Amanheceu, os músicos pegaram a viola e foram ensaiar”, o jornal O Globo publicou uma matéria destacando a qualidade da Orquestra de Câmara de Mato Grosso. Criada em 2005, a Orquestra tem 24 músicos, dentre os quais seis tocam o típico instrumento mato-grossense.
Logo na primeira linha, a publicação afirma que os ufanistas ficariam emocionados ao ouvir as músicas tocadas pela Orquestra, que misturam sons regionais, clássicos de Mozart e Bach, além de composições brasileiras, feitas especialmente para a Orquestra.
A Orquestra de Câmara de Mato Grosso foi concebida dentro do projeto de difusão e valorização da cultura promovido pelo Governo do Estado. Hoje, a orquestra tem músicos de várias partes do Brasil, além de músicos locais e estrangeiros. As 18 vagas permanentes foram disputadas por músicos de várias partes do mundo, como Estados Unidos, Tailândia e Romênia, ressaltou o regente da Orquestra, Leandro Carvalho.
“Em 2006, o orçamento da orquestra deu um salto grande, permitindo que atraíssemos profissionais de vários estados, com boa formação musical, e também músicos estrangeiros”, afirmou o regente. Carvalho também destacou a importância do projeto do Governo de Mato Grosso, que foi quem idealizou e é o principal mantenedor da orquestra. “O orçamento para gastos com pessoal, realização de 80 concertos e uma turnê internacional na Bolívia é de R$700 mil”, conclui.
“A Orquestra de Câmara é motivo de orgulho para o Governo do Estado”, comemora o secretário de Estado de Cultura, João Carlos Vicente Ferreira. “Neste ano vamos aumentar em 4 vezes o número de apresentações, democratizando o trabalho dos músicos com exibições em todo o Estado”.
O secretário explicou que a estrutura da orquestra melhorou muito em relação ao ano passado. Em 2005, os músicos de outros estados vinham a Mato Grosso somente nas semanas em que havia concertos. Após os ensaios e apresentações, os músicos voltavam a suas casas. “Neste ano 18 deles fixarão residência no Estado”, explica o João Carlos.
“É muito bom ver que o nosso empenho tem tido resultados”, diz João Carlos, “melhor ainda é ver que a Orquestra de Mato Grosso e a viola de cocho, instrumento símbolo da cultura regional, estão se tornando conhecidos em todo o país”.
Confira a matéria publicada pelo Globo: Em Mato Grosso, instrumento de música popular entrou em orquestra clássica, que tem até estrangeiros
Mario de Andrade, Guerra Peixe e toda a geração de nacionalistas ficariam emocionados. No estado de Mato Grosso, que até o ano passado sequer tinha um conjunto de música clássica, um instrumento folclórico foi incorporado à primeira e única orquestra fixa da região. São seis os músicos que formam o naipe de violas-de-cocho, uma espécie de violão rústico de cinco cordas usada em danças populares como o cururu e o siriri. Além de reger obras clássicas de Beethoven, Mozart, Bach e outros mestres europeus, o fundador do grupo, Leandro Carvalho, de 29 anos, faz encomendas a compositores brasileiros de partituras originais ou de adaptações para sua pitoresca formação.
Numa revolução musical que extrapola as fronteiras do Pantanal, ele recebeu este ano cerca de cem currículos (até da Romênia e da Tailândia, destaca) para preencher 18 vagas permanentes na Orquestra de Câmara do Estado de Mato Grosso, que funciona desde 2005 com 24 músicos.
— Em 2006, o orçamento da orquestra deu um salto grande, que permitiu que atraíssemos profissionais de vários estados, com boa formação musical, e também músicos estrangeiros. O orçamento para gastos com pessoal, realização de 80 concertos e uma turnê internacional na Bolívia é de R$700 mil. O principal mantenedor da orquestra é o governo estadual, mas há apoio da iniciativa privada graças à Lei Rouanet. O valor é modesto se comparado ao da Osesp, por exemplo, mas estamos apenas começando — afirma, otimista, Carvalho.
Quantidade de concertos quadruplica em um ano
No ano passado, a orquestra fez 21 concertos, apenas 1/4 da quantidade prevista para este ano, que supera as temporadas das maiores orquestras cariocas. A estrutura então era bem mais frágil. Músicos experientes de outros estados iam a Mato Grosso nas semanas em que havia concertos, para ensaios. Depois das apresentações, voltavam a suas casas. Neste ano, porém, 18 deles fixarão residência lá, unindo-se a outros seis locais, os que tocam a viola-de-cocho. Em performances de repertório sinfônico, o conjunto será reforçado com convidados.
— Para as vagas fixas, conseguimos músicos de currículo impressionante. Teremos uma violista americana e uma sueca, um percussionista suíço, um violoncelista americano e um spalla (primeiro violino) escocês. Todos virão morar no Mato Grosso, assim como brasileiros de outros estados, mas sobretudo de Brasília — conta Carvalho.
O caso mais curioso é o de um inglês, David Gardner, que participou das atividades em 2005, apaixonou-se por uma cuiabana e resolveu voltar para fixar residência e liderar o naipe de violoncelos este ano.
Os salários giram em torno de R$2.500, somados a auxílio-moradia de R$500, auxílio-alimentação e seguro de saúde.
— Acho que são condições atraentes, principalmente para músicos jovens. Quando as pessoas percebem que a orquestra é séria e que conciliarão qualidade no trabalho e na vida pessoal, ganhamos pontos. Além disso, Mato Grosso é um estado em crescimento — avalia o regente, que não conseguiu, contudo, atrair a mãe e a irmã de São Paulo para perto de si. — Sinto falta da vida cultural, dos amigos e da família, que deixei em São Paulo.
Na música popular, o nome do maestro paulistano já era conhecido, porém como violonista, pelos oito CDs que lançara, alguns com parceiros célebres como Baden Powell e Turíbio Santos. De mente aberta, ele considera a inclusão de um instrumento popular na orquestra um trunfo capaz de ampliar o alcance da música clássica.
— Vejo jovens de 15 e 16 anos nos concertos, atraídos pela sonoridade da viola-de-cocho. Em novembro, estreamos o primeiro concerto escrito para viola-de-cocho solo, a “Sinfonia pantaneira”, de Abel Santos — orgulha-se.
Formação de público jovem não se limita a essas ocasiões. Neste ano, uma série de concertos didáticos entre abril e dezembro apresentará a música clássica a oito mil crianças e adolescentes de 32 escolas mato-grossenses.
A orquestra surgiu depois que Carvalho voltou de um curso de três anos de regência na Holanda e foi convidado pelo secretário de Cultura do Mato Grosso, João Carlos Vicente Ferreira, a integrar sua equipe.
— Foi quando fiz a proposta de criar o conjunto. Ele me deu um aprendizado extraordinário, muito distante da vida acadêmica européia. Precisei de estômago de avestruz para dominar questões administrativas e políticas — admite.
Logo na primeira linha, a publicação afirma que os ufanistas ficariam emocionados ao ouvir as músicas tocadas pela Orquestra, que misturam sons regionais, clássicos de Mozart e Bach, além de composições brasileiras, feitas especialmente para a Orquestra.
A Orquestra de Câmara de Mato Grosso foi concebida dentro do projeto de difusão e valorização da cultura promovido pelo Governo do Estado. Hoje, a orquestra tem músicos de várias partes do Brasil, além de músicos locais e estrangeiros. As 18 vagas permanentes foram disputadas por músicos de várias partes do mundo, como Estados Unidos, Tailândia e Romênia, ressaltou o regente da Orquestra, Leandro Carvalho.
“Em 2006, o orçamento da orquestra deu um salto grande, permitindo que atraíssemos profissionais de vários estados, com boa formação musical, e também músicos estrangeiros”, afirmou o regente. Carvalho também destacou a importância do projeto do Governo de Mato Grosso, que foi quem idealizou e é o principal mantenedor da orquestra. “O orçamento para gastos com pessoal, realização de 80 concertos e uma turnê internacional na Bolívia é de R$700 mil”, conclui.
“A Orquestra de Câmara é motivo de orgulho para o Governo do Estado”, comemora o secretário de Estado de Cultura, João Carlos Vicente Ferreira. “Neste ano vamos aumentar em 4 vezes o número de apresentações, democratizando o trabalho dos músicos com exibições em todo o Estado”.
O secretário explicou que a estrutura da orquestra melhorou muito em relação ao ano passado. Em 2005, os músicos de outros estados vinham a Mato Grosso somente nas semanas em que havia concertos. Após os ensaios e apresentações, os músicos voltavam a suas casas. “Neste ano 18 deles fixarão residência no Estado”, explica o João Carlos.
“É muito bom ver que o nosso empenho tem tido resultados”, diz João Carlos, “melhor ainda é ver que a Orquestra de Mato Grosso e a viola de cocho, instrumento símbolo da cultura regional, estão se tornando conhecidos em todo o país”.
Confira a matéria publicada pelo Globo: Em Mato Grosso, instrumento de música popular entrou em orquestra clássica, que tem até estrangeiros
Mario de Andrade, Guerra Peixe e toda a geração de nacionalistas ficariam emocionados. No estado de Mato Grosso, que até o ano passado sequer tinha um conjunto de música clássica, um instrumento folclórico foi incorporado à primeira e única orquestra fixa da região. São seis os músicos que formam o naipe de violas-de-cocho, uma espécie de violão rústico de cinco cordas usada em danças populares como o cururu e o siriri. Além de reger obras clássicas de Beethoven, Mozart, Bach e outros mestres europeus, o fundador do grupo, Leandro Carvalho, de 29 anos, faz encomendas a compositores brasileiros de partituras originais ou de adaptações para sua pitoresca formação.
Numa revolução musical que extrapola as fronteiras do Pantanal, ele recebeu este ano cerca de cem currículos (até da Romênia e da Tailândia, destaca) para preencher 18 vagas permanentes na Orquestra de Câmara do Estado de Mato Grosso, que funciona desde 2005 com 24 músicos.
— Em 2006, o orçamento da orquestra deu um salto grande, que permitiu que atraíssemos profissionais de vários estados, com boa formação musical, e também músicos estrangeiros. O orçamento para gastos com pessoal, realização de 80 concertos e uma turnê internacional na Bolívia é de R$700 mil. O principal mantenedor da orquestra é o governo estadual, mas há apoio da iniciativa privada graças à Lei Rouanet. O valor é modesto se comparado ao da Osesp, por exemplo, mas estamos apenas começando — afirma, otimista, Carvalho.
Quantidade de concertos quadruplica em um ano
No ano passado, a orquestra fez 21 concertos, apenas 1/4 da quantidade prevista para este ano, que supera as temporadas das maiores orquestras cariocas. A estrutura então era bem mais frágil. Músicos experientes de outros estados iam a Mato Grosso nas semanas em que havia concertos, para ensaios. Depois das apresentações, voltavam a suas casas. Neste ano, porém, 18 deles fixarão residência lá, unindo-se a outros seis locais, os que tocam a viola-de-cocho. Em performances de repertório sinfônico, o conjunto será reforçado com convidados.
— Para as vagas fixas, conseguimos músicos de currículo impressionante. Teremos uma violista americana e uma sueca, um percussionista suíço, um violoncelista americano e um spalla (primeiro violino) escocês. Todos virão morar no Mato Grosso, assim como brasileiros de outros estados, mas sobretudo de Brasília — conta Carvalho.
O caso mais curioso é o de um inglês, David Gardner, que participou das atividades em 2005, apaixonou-se por uma cuiabana e resolveu voltar para fixar residência e liderar o naipe de violoncelos este ano.
Os salários giram em torno de R$2.500, somados a auxílio-moradia de R$500, auxílio-alimentação e seguro de saúde.
— Acho que são condições atraentes, principalmente para músicos jovens. Quando as pessoas percebem que a orquestra é séria e que conciliarão qualidade no trabalho e na vida pessoal, ganhamos pontos. Além disso, Mato Grosso é um estado em crescimento — avalia o regente, que não conseguiu, contudo, atrair a mãe e a irmã de São Paulo para perto de si. — Sinto falta da vida cultural, dos amigos e da família, que deixei em São Paulo.
Na música popular, o nome do maestro paulistano já era conhecido, porém como violonista, pelos oito CDs que lançara, alguns com parceiros célebres como Baden Powell e Turíbio Santos. De mente aberta, ele considera a inclusão de um instrumento popular na orquestra um trunfo capaz de ampliar o alcance da música clássica.
— Vejo jovens de 15 e 16 anos nos concertos, atraídos pela sonoridade da viola-de-cocho. Em novembro, estreamos o primeiro concerto escrito para viola-de-cocho solo, a “Sinfonia pantaneira”, de Abel Santos — orgulha-se.
Formação de público jovem não se limita a essas ocasiões. Neste ano, uma série de concertos didáticos entre abril e dezembro apresentará a música clássica a oito mil crianças e adolescentes de 32 escolas mato-grossenses.
A orquestra surgiu depois que Carvalho voltou de um curso de três anos de regência na Holanda e foi convidado pelo secretário de Cultura do Mato Grosso, João Carlos Vicente Ferreira, a integrar sua equipe.
— Foi quando fiz a proposta de criar o conjunto. Ele me deu um aprendizado extraordinário, muito distante da vida acadêmica européia. Precisei de estômago de avestruz para dominar questões administrativas e políticas — admite.
Fonte:
Assessoria/Sec-MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/308316/visualizar/
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