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Politica Brasil
Segunda - 03 de Abril de 2006 às 09:41

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O processo de criação e estruturação do PSDB no estado de Mato Grosso foi rápido. Criado em 1989, antes mesmo da filiação do governador Dante de Oliveira, no início de 1997, o partido já tinha se consolidado. Nas eleições municipais de 1996, os tucanos conseguiram eleger praticamente o mesmo número de prefeitos que o PDT, que levou Dante ao Palácio Paiaguás em 1994.

“Em anos não eleitorais, o PSDB sempre priorizou a estrutura dos diretórios municipais”, revelou o ex-deputado estadual Luis Soares, que juntamente com o professor Alfredo da Mota Menezes e o economista Paulo Ronan foram os responsáveis pela criação do partido em Mato Grosso.

Mas a filiação do governador Dante de Oliveira, que trouxe com ele sete deputados estaduais e vários prefeitos, foi a alavanca para o partido assumir o governo de vez em 1998. “Nesse ano (1997), tivemos que operar uma verdadeira fusão”, relembrou Soares.

Dante deixou o PDT para não ser expulso por Brizola porque defendia a reeleição. No entanto, apesar do seu posicionamento, o então governador não acreditava que seria reeleito em Mato Grosso e, por isso, defendia a candidatura de Carlos Bezerra. “Então nós fizemos o movimento ‘O Povo Pede Biz’, já sinalizando a reeleição de FHC e cobrando a reeleição de Dante, que queria ser candidato a deputado federal”, contou Luis Soares.

Com a decisão de Dante, o PMDB e o PFL, maiores adversários políticos do Estado, firmaram uma coligação na tentativa de retomar o poder, mas não obtiveram sucesso. “O Dante se reelege e aí vem 2000, quando começa o declínio do partido”, ponderou Soares ao citar a briga interna do partido para a indicação do candidato a vice-prefeito de Cuiabá na chapa de Roberto França, então no PSDB.

Na eleição de 2002, a briga pela sucessão de Dante, em junho de 2001, foi o estopim para a derrocada do partido. Roberto França, que queria ser o candidato ao governo, deixa o partido e vai para o PPS de Blairo Maggi, na época desconhecido politicamente.

A derrota nas eleições de 2002 reduziu o partido drasticamente. Agora, com a aliança em nível nacional com o PFL e a manutenção da verticalização, os tucanos acreditam no retorno ao poder. (MR)





Fonte: Diário de Cuiabá

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