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Politica Brasil
Segunda - 03 de Abril de 2006 às 09:40
Por: Marcia Raquel

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Desde o fim da ditadura militar e início do período de redemocratização do Brasil, a partir da década de 1980, o PFL foi o partido que passou mais tempo no comando do Estado de Mato Grosso. As gestões dos irmãos Campos e a aliança com o PPS em 2002 demonstram que o partido dos ruralistas sempre foi protagonista das maiores disputas eleitorais do Estado. Depois do PFL, o PMDB, o PSDB e o PPS estão empatados no ranking do poder.

O PDT, que por meio de um amplo arco de alianças conseguiu eleger o governador Dante de Oliveira em seu primeiro mandato, em 1994, não terminou a gestão como detentor do governo. Em 1997, Dante de Oliveira deixa o partido e, juntamente com sete dos oito deputados do PDT e a maioria dos prefeitos, migra para o PSDB de Fernando Henrique Cardoso e Mário Covas.

Já o Partido dos Trabalhadores (PT), embora não tenha ocupado mandato majoritário no Executivo mato-grossense, esteve no mesmo arco de alianças que elegeu Dante em 1994.

Primeiro governador eleito pelo voto direto, Júlio Campos iniciou a gestão (1983-1986) no PDS e terminou no PFL. “O ex-senador Canelas foi o primeiro presidente da Comissão Provisória do PFL, em 1985. Júlio veio para o partido com 11 deputados e em 1986 foi eleito o deputado federal mais votado”, relembrou o advogado e ex-deputado estadual Pedro Lima, um dos fundadores do partido.

“Com a derrota de Mário Andreaza para Paulo Maluf nas eleições indiretas, um grupo liderado por Antônio Carlos Magalhães (ACM) e Marco Maciel abriu uma cisão no PDS e criou o PFL em 1985”, acrescentou Lima. A outra parte do PDS, liderada por Maluf, constituiu o antigo PPB, hoje PP. Em Mato Grosso, os maiores líderes do PDS seguiram com ACM e Marco Maciel.

A eleição de 1986, quando o PMDB elegeu Carlos Bezerra para governar o Estado, é considerada o melhor momento do PMDB na história política recente do Estado. Porém o PFL, que fez a maioria dos deputados estaduais, continuava comandando o Legislativo.

Depois de 1986, o único momento em que o PMDB esteve novamente no poder foi na primeira gestão de Dante de Oliveira, quando o partido participou do arco de alianças do PDT. “A sorte foi madrasta com o PMDB”, ressaltou o advogado Lélio Coelho, peemedebista histórico. “Com a morte de Trancredo Neves e a ascensão de Sarney, os lambedores de bota vieram todos para o PMDB”, avaliou ao acrescentar que o erro do partido foi não identificar quem eram os palacianos e quem eram os autênticos.

Depois de Bezerra, o PFL retorna ao poder com toda a força. Numa eleição histórica, além de eleger o governador Jaime Campos, o partido conquista as oito cadeiras da Câmara Federal e, juntamente com os aliados, elege 17 dos 24 parlamentares estaduais. O maior adversário do PFL foi novamente o PMDB, que tinha como candidato Agripino Bonilha Filho.

Nessa mesma eleição, o PSDB dá os primeiros sinais de vida no Estado. Fundador do partido em Mato Grosso, o ex-deputado estadual Luis Soares disputa o governo com o intuito de plantar as primeiras sementes tucanas em terras mato-grossenses.

Depois do governo Jaime Campos, o PFL ficou oito anos afastado do poder. Em 2002, juntamente com o PP e o PPS, formou a aliança Mato Grosso Mais Forte, que elegeu o governador Blairo Maggi (PPS).





Fonte: Diário de Cuiabá

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