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Meio Ambiente
Segunda - 03 de Abril de 2006 às 08:34

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Como se não bastassem as limitações que as comunidades ribeirinhas enfrentam, ainda existe a ação de aproveitadores. O diagnóstico sócio-econômico do parque detectou que, para conseguir mantimentos nos barcos que comercializam mantimentos, muitos acabavam presos a dívidas praticamente impagáveis.

“Em alguns casos essa situação, que, de certo modo, reproduz o tradicional ‘barracão’ das antigas fazendas, leva o coletor de iscas vivas a passar temporadas inteiras apenas tentando pagar a dívida realimentada pela demanda doméstica e pelos altos preços das mercadorias”, diz o estudo.

Além disso, durante as estações de alta temporada, os ribeirinhos têm de enfrentar a concorrência de pessoas que armam acampamentos para a também coletar iscas. “Como se pode observar, nesse circuito o ribeirinho tradicional disputa com ‘os de fora’ o mercado de iscas vivas movimentado pelas empresas de turismo proprietárias das embarcações”, diz o estudo.

Essa situação contribui para acentuar a precariedade das condições de vida do grupo, reduzindo sua possibilidade de sair do ciclo do endividamento. “Eles se tornam cada vez mais reféns dos compradores de isca”.





Fonte: Diário de Cuiabá

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