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Politica Brasil
Quinta - 30 de Março de 2006 às 20:55
Por: Maria Clara Cabral

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O presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, apresentou nesta quinta-feira à CPI dos Bingos documentação que comprovaria sua ausência da empresa na hora em que o escrivão da Polícia Federal (PF) tentou encontrá-lo para entregar intimação.

Por meio de seu advogado, Okamotto justifica-se dizendo que tinha viagem marcada para Belo Horizonte no vôo das 17h12 de ontem, porém, por um problema de agenda, pegou o vôo seguinte, às 18h35. O advogado, Luiz Justiniano, inclusive, mostra à CPI, os devidos cartões de embarque e documentação do hotel.

"Um desencontro de informação da assessoria do peticionário que ainda considerava que a viagem se daria no primeiro daqueles vôos, motivou a informação da minha ausência", justifica Okamotto em nota.

Nesta quinta, no final da manhã, o presidente da CPI, Delcídio Amaral (PT-MS) leu durante reunião administrativa documento do escrivão da PF, José Bráulio Rodrigues, dizendo ter sido informado da ausência de Okamotto, porém, ter cruzado com o mesmo ainda dentro do prédio.

Delcídio, inclusive, afirmou acreditar que Okamotto tem algo a esconder. "Ele tem uma agenda pública, portanto, não seria possível algum tipo de ocultação dele", rebate o advogado.

Acareação Mesmo com o incidente, Delcídio remarcou a acareação entre Okamotto e o ex-militante do PT, Paulo de Tarso Venceslau, para terça-feira da semana que vem. O advogado de Okamotto, no entanto, já informou que irá de novo ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar impedir que isso aconteça.

O ministro Eros Graus concedeu liminar suspendendo a acareação que, estava agendada, primeiramente, para a semana passada. "Vamos ao Supremo de novo levar as nossas razões. Como já apresentamos diversos argumentos, acredito que eles possam avaliar", concluiu o advogado. O presidente do Sebrae

Okamotto, amigo pessoal de Lula, disse ter pago em 2004 uma dívida de R$ 29,4 mil que o presidente tinha com o PT. O dinheiro foi registrado na prestação de contas do partido de 2003. Okamotto afirmou à CPI que quitou a dívida de Lula em dinheiro por orientação do então tesoureiro do partido Delúbio Soares.

Okamotto é apontado ainda como pagador de uma dívida de R$ 26 mil da filha de Lula, Lurian Cordeiro Lula da Silva. Além disso, Okamotto doou R$ 24,84 mil para a campanha de Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, à Prefeitura de São Bernardo, em 2004.





Fonte: Terra

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