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Meio Ambiente
Quinta - 30 de Março de 2006 às 06:39

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A nave russa Soyuz TMA-8 deve chegar à Estação Espacial Internacional à 1h13 (horário de Brasília) da madrugada de sábado. Os astronautas Marcos César Pontes, Jeffrey William e Pavel Vinogradov ficarão dois dias, quatro horas e treze minutos imóveis, entre a decolagem e a chegada ao destino.

Três horas antes da decolagem, ocorrida às 23h27 desta quarta-feira, os astronautas já estavam imóveis dentro da nave. Para resistir tanto tempo na mesma posição, eles fizeram, antes de partir, uma lavagem no intestino e na bexiga.

O tamanho da cabine da nave onde se encontram os astronautas não permite que eles se levantem. No espaço cabem apenas as três cadeiras. O Brasil vai ao espaço 45 anos depois que o russo Iuri Gagarin fez a primeira viagem. A plataforma russa, de onde decolou o foguete Soyuz, foi batizada de Iuri Gagarin.

Ele foi aplaudido por pessoas que assistiam a decolagem, no auditório do Ministério da Ciência e Tecnologia, quando apareceu pela primeira vez acenando para a câmera de dentro da nave. O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, acompanhou ao vivo a transmissão. "O coração disparou na hora em que vimos o foguete porque a responsabilidade é muito grande. Estávamos ansiosos e estamos num momento de muita satisfação vendo que a missão está sendo cumprida com êxito e sucesso", afirmou.

Os brasileiros só poderão ouvir Marcos Pontes na quarta-feira, quando ele vai conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro Sergio Rezende. Do espaço, o astronauta brasileiro vai fazer três contatos com a terra. O segundo será com os jornalistas e o terceiro vai ser mantido, já perto da volta, com os técnicos da missão.

Um dia antes da decolagem, os técnicos encheram os tanques do foguete Soyuz com 200 toneladas de oxigênio líquido e querosene, os combustíveis usados pela nave. O foguete mede 39 metros, o equivalente a um prédio de 15 andares. Soyuz divide o combustível em três andares. Cada andar é descartado quando o combustível acaba para que o peso do foguete vá diminuindo.

Enquanto os técnicos trabalhavam, Marcos Pontes gravou uma mensagem para a Força Aérea Brasileira. "Sinto uma certa tranqüilidade, ao contrário do que poderia imaginar", disse.





Fonte: Agência Brasil

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