PSDB não vai aceitar “escarrado”

“Se o prefeito Nilson Leitão decidir pela desincompatibilização é porque será nosso candidato ao governo do Estado”, disse o senador Antero Paes de Barros. Ele apontou que o PSDB quer aliados como o PFL, PL, PTB e outros, mas de forma natural. “Escarrado nós não aceitamos”, explicou, se referindo ao PFL, que a seu ver já foi dispensado e escarrado pelo governador Blairo Maggi e ainda insiste em ser aliado do PPS.

Para o senador e presidente do PSDB regional, a desincompatibilização do prefeito Nilson Leitão está sendo minimamente discutida e se acabar confirmada é uma decisão de respeito e que fatalmente definirá a chapa dos tucanos com o prefeito de Sinop como candidato ao governo do Estado. “Eu continuo mantendo minha decisão de disputar a reeleição para o Senado da República”, esclareceu Antero Paes de Barros.

O presidente do PSDB disse que abriu discussões com vários partidos políticos, entre eles PFL, PL e, daqui mais alguns dias, com o PTB, mas que não há tempo mais para aguardar sinalizações. “Não temos 60 dias e não queremos nenhum partido escarrado pelos outros”, cutucou Paes de Barros diretamente o PFL, pois para o PPS só serve alguns nomes como o do senador Jonas Pinheiro e da deputada Celcita Pinheiro ao governo do Estado. “Os demais foram despachados pelo governador Blairo Maggi”, explicou.

O senador tucano disse não acreditar na possibilidade do PPS e do PSDB caminharem junto nas eleições para presidente da República e confirmou que o governador Blairo Maggi ligou para o governador e candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, para propor uma chapa alternativa cedendo o cargo de senador para os tucanos. “Ele fez a proposta que foi repassada ao presidente nacional, senador Tasso Jereissati, e descartada por nós”, frisou Antero Paes de Barros, lembrando que durante quase quatro anos seu partido foi tratado com desrespeito, então agora não serviria de escada para nenhum candidato oportunista tentar conquistar vagas às custas do PSDB.

“Estamos abertos às discussões e acreditamos na formalização de uma grande frente de oposição para enfrentarmos este governo, que não sabe porque veio e para onde vai. É a soma do nada com coisa nenhuma”, frisou o senador tucano.