Melhor alternativa para produtores

A criação de ovelhas tem se revelado a melhor alternativa econômica para os pecuaristas, visto que o consórcio boi/ovelha é indicado para diminuir custos. Num mesmo pasto pode-se colocar uma vaca e duas ovelhas, uma vez que o boi come o pasto alto e as ovelhas preferem pastar rente ao chão, sistema que evita também verminoses, maiores causas de mortalidade entre ovinos. O boi come o pasto contaminado com a verminose que ataca os ovinos, sem que isso afete a sua saúde, reduzindo assim o custo com remédios.

Estudos apontam que um boi precisa de um hectare de capim para se alimentar durante um ano e atingir entre 200 a 250 quilos. Neste mesmo espaço, 60 bodes e carneiros podem pastar e produzir até 900 quilos de carne.

No Brasil, os rebanhos de caprinos e ovinos representam respectivamente apenas 1,7% e 2,1% do rebanho mundial que é de aproximadamente 565 mil cabeças.

SANTA INÊS - Animal mais rústico e resistente, com bom índice de fertilidade e de fácil manejo, o Santa Inês é a raça preferida dos criadores mato-grossenses. Pelo menos 90% do rebanho são constituídos pela raça Santa Inês, animal oriundo do Nordeste e preparado para um clima mais quente, por ser “deslanada” (sem lãs) e suportar temperaturas mais elevadas.

Segundo a veterinária Martha Cristina de Souza, que trabalha com ovinos e caprinos e registro genealógico, o Santa Inês possui também outras vantagens comparativas, como a ótima qualidade da carne e da pele do animal, muito utilizada na fabricação de produtos manufaturados como bolsas, sapatos, cintos e até roupas.

“O Santa Inês é a raça mais apropriada para a região, além de ser mais prolífero -- consegue obter até três partos a cada dois anos com um bom manejo -- enquanto as raças lanadas, como a Ile de França, Texel e Sulffock, têm desempenho bem inferior”, frisa.(MM)