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Politica Brasil
Quarta - 29 de Março de 2006 às 07:52
Por: Téo Meneses

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Os vereadores de oposição por Poconé, Emir Lucas, o Arrepiado (PL), e Cássio Santos (PMDB), afirmaram ontem que a disputa política "paralisou" o município. Reclamam da gestão do prefeito Clóvis Damião Martins (PTB) e alegam que a população está pagando o preço por causa das divergências entre os grupos adversários.

Acompanhados da ex-vereadora Meira Adauto (PL), Arrepiado e Cássio criticaram as políticas ligadas às secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social. Durante visita A Gazeta, argumentaram ainda que a atual gestão é marcada pelo nepotismo - contratação de parentes no serviço público.

O atual prefeito já empregou as irmãs Enair Regina (secretária de Educação), Jussara (diretora-social) e a esposa Maria Isabel (Ação Social).

"No caso da educação, são aproximadamente 400 crianças fora da sala de aula porque a prefeitura não dá a contrapartida no transporte escolar. Mais de R$ 300 mil do Fundef também não são bem aplicados", afirma Arrepiado.

Já Cássio, alega que o município não viabiliza o atendimento de saúde pública e nem transporte para os pacientes que precisam se deslocar até Cuiabá.

As críticas dos parlamentares aumentam ainda mais, segundo eles, porque a atual administração conta com receita mensal de cerca de R$ 1,3 milhão. O ex-prefeito Euclides Santos (PMDB) contava com apenas R$ 750 mil em média.

"E o pior de tudo é que, mesmo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não tendo votado o pedido de cassação do Clóvis, eles sempre comemoram quando se adia a sessão. Por que isso?", questiona Meira.

A disputa política em Poconé se agravou em agosto do ano passado, quando o bloco do prefeito Clóvis denunciou o ex-presidente da Câmara, Celso Fontes (PL), por improbidade administrativa. A alegação é de que parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado (TCE) detectou mais de 30 irregularidades da então presidência do Legislativo.

Celso Fontes foi afastado do cargo em dezembro e cassado no último dia 15. Clóvis também é acusado de compra de votos na campanha e abuso de poder político. Ele se diz vítima de "armação".





Fonte: A Gazeta

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