Repórter News - reporternews.com.br
Central de compras é apontada como alternativa para reduzir custos de supermercadistas
Responder quais as necessidades das indústrias dos pequenos e médios supermercadistas foi a espinha dorsal do workshop "Centrais de Compras e Serviços", ministrado pelo consultor João Pinedo Kasper, nesta terça-feira (27.03), na 26ª Expo-Ecos, em Cuiabá. Ele buscou responder a essas questões, apresentando como alternativa a organização de supermercadistas na formação de Centrais de Compras e Serviços para diminuir custos com armazenamento e negociação com os fornecedores. A central se encarregaria dessa função.
Com a Central de Compras e Serviços, os varejistas comprariam melhor e mais barato, poderiam transformar os estoques e depósitos em área de vendas, não perderiam tempo com a negociação com fornecedores e reduziriam de 6% a 8% com gasto de pessoal. "A central se encarregaria de negociar com os vendedores, comprar e abastecer os supermercados", destacou o consultor.
Kasper elencou como principais necessidades dos supermercadistas, vários tópicos, entre eles: conseguir preços de aquisição mais baratos; menores valores para os pedidos mínimos; acesso a promoções e novos lançamentos; menos falta de produtos; mais segurança na entrega e ações de marketing junto ao público. Já as indústrias buscam mix mais completo, menos riscos de crédito, aumento na participação do mercado, diminuição nos custos de atendimento, racionalização nas entregas, fidelização nas relações comerciais e menos perdas de produtos nas lojas.
"Mesmo que as indústrias queiram negociar os produtos a um preço mais alto, e os supermercados buscam comprar por valores mais baixos, pode haver uma convergência na satisfação das necessidades. O negócio é juntar as lojas e agregar demandas individuais em demanda de negócios para as indústrias", disse o consultor.
Mas para a construção das centrais é necessária a criação de ferramentas como soluções de compras pela web, solução no atendimento em lojas, soluções tributárias, financeiras, logística e de sistemas.
26ª EXPO-ECOS
Concorrência vem de todos os lados
Lojas de conveniência, hipermercados, drogarias, discount e outras empresas como padarias, restaurantes ou até mesmo viagens e internet, que comercializam alimentos, são concorrentes dos supermercados. Por isso a necessidade de adaptação aos novos tempos. "Se um cliente adquiriu um computador ou fez uma viagem, ele ficará com menos dinheiro no bolso e comprará menos nos supermercados", disse o palestrante Antônio Carlos Ascar, durante o workshop "A concorrência vem de todos os lados", no segundo dia da 26ª Expo-Ecos.
Para exemplificar a evolução dos supermercados e da concorrência, Ascar dividiu o histórico da concorrência no varejo em seis fases. A primeira fase iniciou em 1869 em Londres, quando J. Sainsbury abriu a primeira mercearia. Naqueles tempos a concorrência era de mercearia com mercearia. "Ainda existia a concepção de vender para o mercado de massa, o consumidor não era atendido pelas necessidades individuais. O primeiro carro da Ford tinha uma única cor, hoje a Volvo tem mais de 20 mil combinações para agradar diferenciados públicos", exemplificou.
Na segunda fase, Michael Cullen inaugurou o primeiro supermercado da rede King Kullen em 1930, nos Estados Unidos. Ainda nesse período houve a concorrência da mercearia com os supermercados. Nos anos 60, as mercearias começaram a decair e os supermercados competiam entre si, esta seria a terceira fase.
O surgimento dos hipermercados na década de 70 e as vendas de alimentos nas lojas de conveniência tornaram a concorrência mais diversificada, inaugurando a quarta fase que durou até o inicio da década de 90. "O ano de 1992 ficou marcado como o ano do medo com a expansão dos hipermercados, ameaçando os supermercadistas, porque todos queriam entrar no mercado de vendas de alimentos", comentou o consultor.
A descoberta de que os clientes são impulsionados pela compra de perecíveis, mudou a tática dos supermercadistas. Ascar citou o exemplo do Grupo Pão de Açúcar. Em 1993, os perecíveis representavam apenas 35% dos produtos da loja e hoje ultrapassa os 50%.
Na quinta fase, de 1993 a 2004, os supermercados passaram a competir com todos os locais que comercializam alimentos e muitos começaram a oferecer serviços de rotisseria, padaria, hortifruti e restaurante para não perder mercado para os concorrentes.
A sexta fase inaugurada em 2004 é marcada pelo entendimento de que não há mais um formato puro de supermercado, a concorrência vem de todos os lados, até mesmo dos governos pela voracidade dos impostos. "Os supermercados devem apostar nesse momento em diferenciais como serviço, qualidade no atendimento e foco no cliente", concluiu.
Com a Central de Compras e Serviços, os varejistas comprariam melhor e mais barato, poderiam transformar os estoques e depósitos em área de vendas, não perderiam tempo com a negociação com fornecedores e reduziriam de 6% a 8% com gasto de pessoal. "A central se encarregaria de negociar com os vendedores, comprar e abastecer os supermercados", destacou o consultor.
Kasper elencou como principais necessidades dos supermercadistas, vários tópicos, entre eles: conseguir preços de aquisição mais baratos; menores valores para os pedidos mínimos; acesso a promoções e novos lançamentos; menos falta de produtos; mais segurança na entrega e ações de marketing junto ao público. Já as indústrias buscam mix mais completo, menos riscos de crédito, aumento na participação do mercado, diminuição nos custos de atendimento, racionalização nas entregas, fidelização nas relações comerciais e menos perdas de produtos nas lojas.
"Mesmo que as indústrias queiram negociar os produtos a um preço mais alto, e os supermercados buscam comprar por valores mais baixos, pode haver uma convergência na satisfação das necessidades. O negócio é juntar as lojas e agregar demandas individuais em demanda de negócios para as indústrias", disse o consultor.
Mas para a construção das centrais é necessária a criação de ferramentas como soluções de compras pela web, solução no atendimento em lojas, soluções tributárias, financeiras, logística e de sistemas.
26ª EXPO-ECOS
Concorrência vem de todos os lados
Lojas de conveniência, hipermercados, drogarias, discount e outras empresas como padarias, restaurantes ou até mesmo viagens e internet, que comercializam alimentos, são concorrentes dos supermercados. Por isso a necessidade de adaptação aos novos tempos. "Se um cliente adquiriu um computador ou fez uma viagem, ele ficará com menos dinheiro no bolso e comprará menos nos supermercados", disse o palestrante Antônio Carlos Ascar, durante o workshop "A concorrência vem de todos os lados", no segundo dia da 26ª Expo-Ecos.
Para exemplificar a evolução dos supermercados e da concorrência, Ascar dividiu o histórico da concorrência no varejo em seis fases. A primeira fase iniciou em 1869 em Londres, quando J. Sainsbury abriu a primeira mercearia. Naqueles tempos a concorrência era de mercearia com mercearia. "Ainda existia a concepção de vender para o mercado de massa, o consumidor não era atendido pelas necessidades individuais. O primeiro carro da Ford tinha uma única cor, hoje a Volvo tem mais de 20 mil combinações para agradar diferenciados públicos", exemplificou.
Na segunda fase, Michael Cullen inaugurou o primeiro supermercado da rede King Kullen em 1930, nos Estados Unidos. Ainda nesse período houve a concorrência da mercearia com os supermercados. Nos anos 60, as mercearias começaram a decair e os supermercados competiam entre si, esta seria a terceira fase.
O surgimento dos hipermercados na década de 70 e as vendas de alimentos nas lojas de conveniência tornaram a concorrência mais diversificada, inaugurando a quarta fase que durou até o inicio da década de 90. "O ano de 1992 ficou marcado como o ano do medo com a expansão dos hipermercados, ameaçando os supermercadistas, porque todos queriam entrar no mercado de vendas de alimentos", comentou o consultor.
A descoberta de que os clientes são impulsionados pela compra de perecíveis, mudou a tática dos supermercadistas. Ascar citou o exemplo do Grupo Pão de Açúcar. Em 1993, os perecíveis representavam apenas 35% dos produtos da loja e hoje ultrapassa os 50%.
Na quinta fase, de 1993 a 2004, os supermercados passaram a competir com todos os locais que comercializam alimentos e muitos começaram a oferecer serviços de rotisseria, padaria, hortifruti e restaurante para não perder mercado para os concorrentes.
A sexta fase inaugurada em 2004 é marcada pelo entendimento de que não há mais um formato puro de supermercado, a concorrência vem de todos os lados, até mesmo dos governos pela voracidade dos impostos. "Os supermercados devem apostar nesse momento em diferenciais como serviço, qualidade no atendimento e foco no cliente", concluiu.
Fonte:
24HorasNews
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/309341/visualizar/
Comentários