Rio Cuiabá tem tendência de queda

A Defesa Civil informou ontem que a tendência a partir de hoje é que o nível do rio Cuiabá caia cerca de um centímetro por dia, com exceção apenas da região de Barão de Melgaço. Na Capital o rio chegou a baixar cerca de 52 centímetros em dois dias, saindo de 6,56 metros para 6,04 ontem à tarde.

Segundo o coordenador estadual da Defesa Civil, tenente-coronel Arilton Azevedo Ferreira, o motivo pelo qual a região de Barão de Melgaço continua com a tendência de aumentar o volume de água é por estar recebendo, além das águas do rio São Lourenço, as águas liberadas há dois dias pela usina de Manso.

Ontem o nível em Barão de Melgaço subiu cerca de 2 centímetros, estacionando em 6,75 metros. “Outra razão para o rio estar cheio naquela localidade é porque está chovendo muito na região de Chapada dos Guimarães, Rondonópolis e no rio Vermelho. A tendência é aumentar, é chegar à cota de alerta”, disse.

De acordo com o coronel, nas outras regiões a tendência do rio Cuiabá é de queda cada vez mais por causa da vazante de Manso. “A usina está diminuindo o volume de água liberado no rio. Ontem foram liberados 760 metros cúbicos por segundo, e hoje deve cair para 620. Se depender das águas liberadas pela usina, o rio Cuiabá não enche mais. Porém se houver pancada de chuva, há a possibilidade. A ‘Mãe Natureza’ é quem manda agora”, disse.

Porém, de acordo com o tenente-coronel, a chuva tende a diminuir a partir de agora, e a única preocupação no momento é a região de Barão de Melgaço. De acordo com ele, a Defesa Civil está tentando convencer a população ribeirinha a sair de suas casas, que já estão inundadas. “É difícil convencer o povo pantaneiro, pois eles já passaram por muitas enchentes, mas a Defesa Civil está indo nas localidades todos os dias para tentar convencer a população”, disse.

Além do trabalho de persuasão, a Defesa Civil também está encaminhando médicos e assistentes sociais para as regiões inundadas. E o governo está se preparando para na hora em que as famílias resolverem sair de suas casas, possam ter toda a assistência com alimentos e abrigos. “A população pode ficar despreocupada, pois será bem amparada”, disse.