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Politica Brasil
Segunda - 27 de Março de 2006 às 07:44
Por: Marcia Raquel

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Com a certeza da verticalização, que proíbe alianças regionais adversárias às nacionais, a disputa eleitoral começa a tomar forma. Neste final de semana, a maioria dos partidos estarão reunidos para arrematar as coligações e definir seus candidatos. O que se desenha é uma disputa com no mínimo três candidatos a governador em Mato Grosso. Porém, até o dia 30 de junho, último prazo para a realização das convenções partidárias, mudanças ainda podem ocorrer.

A expectativa de uma reeleição fácil para o governador Blairo Maggi (PPS) não é mais tão certa. A verticalização afastou o PFL, uma das maiores forças políticas do Estado e que tem um dos melhores tempos de televisão, do PPS e jogou-o nos braços do PSDB, maior adversário de Blairo Maggi em Mato Grosso.

O PMDB, que ainda não sabe se lança candidatura própria, se permanece na base do governo Lula (PT) ou se compõe uma aliança com o PPS, pode fazer a diferença no cenário estadual, visto que é um partido que também tem tempo de televisão considerável e uma das maiores bases.

Mas caso a decisão seja por candidatura própria no Estado, onde os nomes colocados são o do deputado estadual José Carlos do Pátio e o da deputada federal Teté Bezerra, as eleições de majoritárias deverão ser disputadas entre quatro candidatos.

O PT ratifica neste final de semana o nome da senadora Serys Marly. Há partidos nanicos que insistem numa candidatura majoritária, mas com pouca expressividade.

Ao PPS, que no início das conversações ensaiava uma das maiores alianças, resta a coligação com o PP e com o PDT, além de alguns partidos considerados nanicos, como o PV e o PHS. No entanto, a expectativa do governador Blairo Maggi era tentar convencer o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire, a desistir da candidatura própria à Presidência da República para deixar os estados livres. Nesse caso o PPS poderia manter a aliança com o PFL.

Na tarde de ontem, o governador embarcou para Belo Horizonte, onde o PPS realiza o XV Congresso Nacional. Enquanto isso, o PFL e o PSDB estreitam as conversas no Estado. Hoje pela manhã, o partido se reúne para cobrar um posicionamento do senador Jonas Pinheiro (PFL) a respeito da candidatura majoritária. Caso o senador não aceite concorrer com o seu “afilhado”, Blairo Maggi, uma das opções do partido é o deputado Zéca D’Àvila, que já colocou o seu nome à disposição da legenda, ou uma aliança com o PSDB, que tem o nome do senador Antero Paes de Barros ou o do ex-governador Rogério Salles.

Na avaliação de alguns líderes nacionais, no entanto, a manutenção da verticalização tende a polarizar a eleição presidencial entre o PT do presidente Lula e o PSDB do governador paulista Geraldo Alckmin. A avaliação é que os demais partidos vão preferir liberar os partidos para as coligações regionais ao invés de arriscar uma candidatura nacional.

No entanto, o período para a realização das convenções partidárias, instância onde são oficializados os candidatos e as coligações, de acordo com o calendário eleitoral, é de 10 a 30 de junho.





Fonte: Diário de Cuiabá

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