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CPMI dos Correios não poupará presidente
CURITIBA - O governo federal deve encontrar mais dificuldades em seu caminho nos próximos dias. A entrega do relatório final da CPMI dos Correios, que será apresentado nesta terça-feira não vai poupar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tomou conhecimento do esquema de desvio de recursos da estatal para um sistema de corrupção.
Segundo o relator da CPMI, deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), que esteve em Curitiba na sexta-feira, Lula ficou sabendo disso em pelo menos duas oportunidades. "Além do que foi relatado pelo ex-deputado Roberto Jefferson, há também um depoimento do ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha nesse sentido", disse. Apesar disso, Serraglio não confirmou se o presidente será citado como omisso nesse processo de corrupção que envolveu cerca de R$ 2 bilhões.
Pressionado por oposicionistas e governistas, Serraglio prevê uma votação disputada entre os 16 senadores e 16 deputados federais que compõem a comissão mista. "Aqueles que acham que eu deveria aliviar a situação de alguém ou algum grupo no relatório com certeza votarão contra", disse, indicando que não cederá às ameaças que vêm recebendo.
"Não quero sair da CPMI com a pecha de prevaricador. Nada será encoberto e todas as coisas que soubemos serão divulgadas. Os deputados que forem contrários deverão arcar com suas responsabilidades", afirmou, lembrando que a votação será equilibrada e deve ter uma diferença de dois a três votos para um dos lados.
Relatório final O relatório, que contém duas mil páginas, também cita outros 19 parlamentares que já foram investigados anteriormente. Mesmo assim, esse número poderá crescer ainda mais com a posterior investigação dos assessores e pessoas citadas pelo relatório. "Após a aprovação, ele será encaminhado para diversos órgãos, entre eles, o Ministério Público, que possivelmente vai investigar esses assessores parlamentares e é provável que o número de pessoas envolvidas aumente", disse.
Econômico nas palavras, Serraglio disse que o relatório sugere alguns indiciamentos, indica pessoas próximas do indiciamento e outro grupo merece investigação maior para ser indiciado. "Não falarei nomes ou números agora. Tudo estará no relatório final com as sugestões para punições ou não".
Criada em junho do ano passado, a CPMI quebrou o sigilo de 300 pessoas e passou por dificuldades. Para Serraglio, os maiores obstáculos foram gerados pelos bancos e também pela criação da CPI do Mensalão. "Quando perceberam que iríamos pedir a quebra de diversos sigilos, criaram uma outra CPI. Com relação aos bancos, eles poderiam ter facilitado mais o acesso aos arquivos, pois teríamos as provas documentais", apontou.
Cotado para ser vice na chapa do governador Roberto Requião (PMDB-PR), Serraglio admitiu que em alguns momentos esteve cético em relação aos trabalhos da CPMI e que espera pela punição dos responsáveis. "Pedimos duas vezes a prisão de Marcos Valério, por obstrução das provas e por mudanças na contabilidade, mas isso não resolveu. Se nem dólar na cueca foi considerado prova?", completou.
Segundo o relator da CPMI, deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), que esteve em Curitiba na sexta-feira, Lula ficou sabendo disso em pelo menos duas oportunidades. "Além do que foi relatado pelo ex-deputado Roberto Jefferson, há também um depoimento do ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha nesse sentido", disse. Apesar disso, Serraglio não confirmou se o presidente será citado como omisso nesse processo de corrupção que envolveu cerca de R$ 2 bilhões.
Pressionado por oposicionistas e governistas, Serraglio prevê uma votação disputada entre os 16 senadores e 16 deputados federais que compõem a comissão mista. "Aqueles que acham que eu deveria aliviar a situação de alguém ou algum grupo no relatório com certeza votarão contra", disse, indicando que não cederá às ameaças que vêm recebendo.
"Não quero sair da CPMI com a pecha de prevaricador. Nada será encoberto e todas as coisas que soubemos serão divulgadas. Os deputados que forem contrários deverão arcar com suas responsabilidades", afirmou, lembrando que a votação será equilibrada e deve ter uma diferença de dois a três votos para um dos lados.
Relatório final O relatório, que contém duas mil páginas, também cita outros 19 parlamentares que já foram investigados anteriormente. Mesmo assim, esse número poderá crescer ainda mais com a posterior investigação dos assessores e pessoas citadas pelo relatório. "Após a aprovação, ele será encaminhado para diversos órgãos, entre eles, o Ministério Público, que possivelmente vai investigar esses assessores parlamentares e é provável que o número de pessoas envolvidas aumente", disse.
Econômico nas palavras, Serraglio disse que o relatório sugere alguns indiciamentos, indica pessoas próximas do indiciamento e outro grupo merece investigação maior para ser indiciado. "Não falarei nomes ou números agora. Tudo estará no relatório final com as sugestões para punições ou não".
Criada em junho do ano passado, a CPMI quebrou o sigilo de 300 pessoas e passou por dificuldades. Para Serraglio, os maiores obstáculos foram gerados pelos bancos e também pela criação da CPI do Mensalão. "Quando perceberam que iríamos pedir a quebra de diversos sigilos, criaram uma outra CPI. Com relação aos bancos, eles poderiam ter facilitado mais o acesso aos arquivos, pois teríamos as provas documentais", apontou.
Cotado para ser vice na chapa do governador Roberto Requião (PMDB-PR), Serraglio admitiu que em alguns momentos esteve cético em relação aos trabalhos da CPMI e que espera pela punição dos responsáveis. "Pedimos duas vezes a prisão de Marcos Valério, por obstrução das provas e por mudanças na contabilidade, mas isso não resolveu. Se nem dólar na cueca foi considerado prova?", completou.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/309926/visualizar/
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