Candidaturas ao Senado afastam aliados do PPS

O maior entrave que o governador Blairo Maggi (PPS) vem enfrentando há meses para costurar apoio à sua candidatura diz respeito à disputa para a única vaga para o Senado Federal, que era para ser de apenas um dos partidos aliados mas, diante da resistência do PFL, do PP e mais recentemente do PDT, o partido do chefe do poder Executivo também entrou na disputa e quer agora indicar o presidente regional, Percival Muniz, como candidato.

Isso, mais a verticalização, tumultuou o acordo e agora afasta mais os partidos do que os une em busca de um novo mandato. O ex-governador Jaime Campos disse que não recua da disputa e defendeu o critério das pesquisas eleitorais para a escolha de apenas um nome. “Acho que as pesquisas seriam indicadores irrefutáveis da vontade popular”, ponderou Jaime Campos.

Já o deputado Pedro Henry, recém saído de um processo de investigação e absolvido pelos demais deputados federais, também vai para a disputa e cobra nos bastidores o compromisso pessoal do governador Blairo Maggi de tê-lo com candidato oficial ao Senado da República. Henry faz uma caravana por todo o Estado alicerçado pelos deputados estaduais, principalmente o deputado José Riva, grande favorito para ter votação à Assembléia Legislativa.

Por fim apareceu o nome do empresário do ramo agrícola e primo do governador Blairo Maggi, Eraí Maggi, que foi candidato a suplente do ex-governador Dante de Oliveira em 2002 e agora está mais próximo do primo, de olho na possibilidade de emplacar uma candidatura majoritária pelo PDT. Insuflado pelo deputado estadual Carlos Brito, Eraí Maggi deixa claro que não há possibilidade de retirar-se da disputa. “Sou candidato do PDT, que deseja ter representatividade”, explicou ele, falando que a indicação para candidato na chapa de Blairo Maggi não lhe apetece e que deverá ser disputada pelo PFL, PP e outros. (ML)