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Politica Brasil
Sábado - 25 de Março de 2006 às 06:57
Por: Marcos Lemos

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A última esperança do PFL para caminhar junto com o PPS nas eleições de outubro próximo passou a ser a mesma do governador Blairo Maggi, ou seja, que a opção de seu partido seja pelo fortalecimento das candidaturas a deputado federal para vencer a cláusula de barreiras, desprezando assim a candidatura à Presidência da República. “Nossa opção agora é estarmos liberados, do contrário não há como se falar em estarmos juntos”, disse um membro do PPS.

Essa foi a tônica do jantar na casa do prefeito de Nova Marilândia e presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), José Aparecido dos Santos, na noite de quinta-feira e que reuniu o governador Blairo Maggi, seu grupo político e as principais lideranças do PFL do Estado, o senador Jonas Pinheiro e o ex-governador e presidente do PFL, Jaime Campos, além de deputados estaduais e prefeitos.

Pressionadas pela verticalização, mantida por decisão do Supremo Tribunal Federal, que é a obrigação das coligações nos estados seguirem as coligações nacionais ou lançarem candidaturas próprias, as cúpulas do PPS e do PFL procuram uma alternativa para caminharem juntas, como aconteceu em 2002, quando o PFL, desimpedido, apoiou a candidatura do então estreante Blairo Maggi contra o PSDB, do ex-governador Dante de Oliveira e do senador Antero Paes de Barros, depois de estarem por oito anos comandando o governo do Estado, e venceram as eleições.

Maggi teria pedido ao PFL tempo para ver qual o melhor caminho a ser seguido, apostando na possibilidade do seu partido não ter candidatura própria nem a presidente da República nem a vice. Outra possibilidade é uma ampla coligação nacional de todos os partidos de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no sentido de apoiarem o candidato tucano, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Neste caso, o PFL e o PPS, além do PSDB, estariam coligados e poderiam formalizar um entendimento em nível de Estado.

O senador Jonas Pinheiro, tido como possível candidato do PFL à sucessão estadual, e que é padrinho de Maggi, descartou a sua postulação, alegando problemas pessoais por causa de sua ligação com o chefe do poder Executivo e até mesmo problemas de saúde. Nos últimos anos, o senador, que é hipertenso e sofre de diabetes, se afastou para tratamentos médicos, abrindo espaço para o primeiro suplente, Gilberto Goellner, compadre do governador e um dos maiores produtores agrícolas de Mato Grosso.

O PFL tenta emplacar a candidatura do ex-governador e atual presidente do partido, Jaime Campos, como candidato ao Senado Federal, vaga disputada por outros três partidos dentro do arco de alianças e da coligação Mato Grosso Mais Forte, liderada pelo governador Blairo Maggi.

O PFL insiste na candidatura para senador, mas poderá se ver obrigado a ter candidato ao governo do Estado ou estar coligado com o PSDB, adversário político do chefe do poder Executivo e com quem Blairo Maggi não aceita se coligar.





Fonte: Diário de Cuiabá

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