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É Tudo Verdade agita quatro cidades com 111 documentários
SÃO PAULO - Vá ao "Aurélio" e você verá que documentário é um produto audiovisual cuja raiz se refere a documento. É um tipo de cinema comprometido com a realidade. Esta tem sido a tônica do Festival Internacional de Documentários "É Tudo Verdade", que Amir Labaki criou em 1995 e que chega à sua 11.ª edição com o mesmo compromisso de expor e discutir o melhor da produção documentária no País e no mundo.
"É Tudo Verdade" começa nesta sexta para o público em São Paulo, e amanhã no Rio. Depois viaja por Brasília (de 4 a 16 de abril) e Campinas (de 24 a 30 de abril).
O homenageado internacional deste ano, é o diretor alemão Werner Herzog (10 títulos). Estão previstas outras duas importantes homenagens - ao diretor brasileiro Jorge Bodanzky (13 filmes) e ao crítico, professor e diretor Jean-Claude Bernardet (7 filmes), que foi um dos primeiros a refletir sobre o gênero no Brasil.
"É Tudo Verdade" vai apresentar as novas tendências do documentário em todo o mundo. Temas sociais, confessionais, pesquisas de linguagem e política, o cardápio é vasto.
Números indicam tamanho do festival Vamos aos números. Principal evento dedicado à cultura do documentário na América Latina, o "Festival Internacional É Tudo Verdade" comemorou um recorde de inscrições para a sua 11ª edição. Do total de 956 inscritos, 568 foram de documentários internacionais, vindos de 81 países. Só do Brasil houve 388 inscrições de curtas, médias e longas. O número, altamente expressivo, confirma o extraordinário desenvolvimento que o gênero vem apresentando no atual quadro da produção nacional. Uma súmula dessa história é contada por Amir Labaki, criador do "É Tudo Verdade", no livro que acaba de ser publicado pela Editora Francis, Introdução ao Documentário Brasileiro.
A competição brasileira contempla 19 títulos, entre curtas, médias e longas. A competição internacional terá 17 filmes. E além das homenagens existem as seções paralelas. Horizonte, criada no ano passado, destina-se a obras que ampliam as fronteiras da linguagem do documentário. Vai exibir 5 longas e 7 curtas
Sob a rubrica Programas Especiais, abrigam-se 9 filmes dos quais 6 focalizam personalidades da música, do cinema e da dança, de Beethoven e Mozart a Paul McCartney e aos Rolling Stones, passando por diretores como o americano Peter Sellers e o brasileiro Luiz Sérgio Person.
O Foco Latino traz 7 filmes que representam Argentina, Chile, Cuba, Equador, México, Nicarágua e Uruguai. Orson Welles, que fornece o título do evento - "É Tudo Verdade, It’s All True" -, possui uma rubrica própria, "Wellesvile", que este ano vai mostrar dois filmes, Cidadão Jacaré, de Petrus Cariry e Firmino Holanda; e O Poço, de Kristian Petri.
Mostra paralela "O Estado das Coisas" traz a cereja do bolo Até aqui, a programação conta 96 títulos, mas eles vão ultrapassar a centena. Pois o 11.º "É Tudo Verdade" ainda oferece o que será a cereja do bolo da programação de 2006.
Na mostra O Estado das Coisas a seleção dos 14 filmes foi monotemática, agrupada sob o título "A Era do Medo".
"O século 21 começou sob o signo do terror, em sintonia com a ascensão da violência no ocaso do século 20", explica o criador do "É Tudo Verdade", Amir Labaki, que escreveu um texto para refletir sobre o assunto (encontra-se no catálogo do evento e no site www.etudoverdade.com.br). Não sendo um incoerente, Labaki selecionou, para "O Estado das Coisas Especial", filmes que examinam não só o complexo mundo que se desenhou após o 11 de Setembro, mas também tentam iluminar as ideologias por trás do radicalismo muçulmano e do neoconservadorismo americano. Refletir, discutir e não apenas exibir filmes - dentro deste compromisso, o 11º "É Tudo Verdade" abriga a 6ª Conferência Internacional do Documentário, com convidados de todo o mundo que vão debater as grandes questões estéticas e políticas do documentário, na atualidade.
Festival É Tudo Verdade. MIS. Av. Europa, 158, 3062-197. CCBB. R. Álvares Penteado, 112, 3113-3651. CineSesc. R Augusta, 2.075, 3082-0213. Cinusp. R. do Anfiteatro, 181, 3091-3364. Galeria Olido. Av. São João, 473, 3331-7703. Itaú Cultural. Av Paulista, 149, 2168-1777. A programação completa pode ser vista no site www.etudoverdade.com.br
"É Tudo Verdade" começa nesta sexta para o público em São Paulo, e amanhã no Rio. Depois viaja por Brasília (de 4 a 16 de abril) e Campinas (de 24 a 30 de abril).
O homenageado internacional deste ano, é o diretor alemão Werner Herzog (10 títulos). Estão previstas outras duas importantes homenagens - ao diretor brasileiro Jorge Bodanzky (13 filmes) e ao crítico, professor e diretor Jean-Claude Bernardet (7 filmes), que foi um dos primeiros a refletir sobre o gênero no Brasil.
"É Tudo Verdade" vai apresentar as novas tendências do documentário em todo o mundo. Temas sociais, confessionais, pesquisas de linguagem e política, o cardápio é vasto.
Números indicam tamanho do festival Vamos aos números. Principal evento dedicado à cultura do documentário na América Latina, o "Festival Internacional É Tudo Verdade" comemorou um recorde de inscrições para a sua 11ª edição. Do total de 956 inscritos, 568 foram de documentários internacionais, vindos de 81 países. Só do Brasil houve 388 inscrições de curtas, médias e longas. O número, altamente expressivo, confirma o extraordinário desenvolvimento que o gênero vem apresentando no atual quadro da produção nacional. Uma súmula dessa história é contada por Amir Labaki, criador do "É Tudo Verdade", no livro que acaba de ser publicado pela Editora Francis, Introdução ao Documentário Brasileiro.
A competição brasileira contempla 19 títulos, entre curtas, médias e longas. A competição internacional terá 17 filmes. E além das homenagens existem as seções paralelas. Horizonte, criada no ano passado, destina-se a obras que ampliam as fronteiras da linguagem do documentário. Vai exibir 5 longas e 7 curtas
Sob a rubrica Programas Especiais, abrigam-se 9 filmes dos quais 6 focalizam personalidades da música, do cinema e da dança, de Beethoven e Mozart a Paul McCartney e aos Rolling Stones, passando por diretores como o americano Peter Sellers e o brasileiro Luiz Sérgio Person.
O Foco Latino traz 7 filmes que representam Argentina, Chile, Cuba, Equador, México, Nicarágua e Uruguai. Orson Welles, que fornece o título do evento - "É Tudo Verdade, It’s All True" -, possui uma rubrica própria, "Wellesvile", que este ano vai mostrar dois filmes, Cidadão Jacaré, de Petrus Cariry e Firmino Holanda; e O Poço, de Kristian Petri.
Mostra paralela "O Estado das Coisas" traz a cereja do bolo Até aqui, a programação conta 96 títulos, mas eles vão ultrapassar a centena. Pois o 11.º "É Tudo Verdade" ainda oferece o que será a cereja do bolo da programação de 2006.
Na mostra O Estado das Coisas a seleção dos 14 filmes foi monotemática, agrupada sob o título "A Era do Medo".
"O século 21 começou sob o signo do terror, em sintonia com a ascensão da violência no ocaso do século 20", explica o criador do "É Tudo Verdade", Amir Labaki, que escreveu um texto para refletir sobre o assunto (encontra-se no catálogo do evento e no site www.etudoverdade.com.br). Não sendo um incoerente, Labaki selecionou, para "O Estado das Coisas Especial", filmes que examinam não só o complexo mundo que se desenhou após o 11 de Setembro, mas também tentam iluminar as ideologias por trás do radicalismo muçulmano e do neoconservadorismo americano. Refletir, discutir e não apenas exibir filmes - dentro deste compromisso, o 11º "É Tudo Verdade" abriga a 6ª Conferência Internacional do Documentário, com convidados de todo o mundo que vão debater as grandes questões estéticas e políticas do documentário, na atualidade.
Festival É Tudo Verdade. MIS. Av. Europa, 158, 3062-197. CCBB. R. Álvares Penteado, 112, 3113-3651. CineSesc. R Augusta, 2.075, 3082-0213. Cinusp. R. do Anfiteatro, 181, 3091-3364. Galeria Olido. Av. São João, 473, 3331-7703. Itaú Cultural. Av Paulista, 149, 2168-1777. A programação completa pode ser vista no site www.etudoverdade.com.br
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/310158/visualizar/
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