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De famosas a alternativas, escolha a sua peça
SÃO PAULO - Sábado tem espetáculos de dança para todos os gostos em São Paulo. De improvisação ao butô. Estréias e reestréias. Grupos alternativos e grandes companhias. O Sesc domina a agenda com a apresentação, de hoje a domingo, no Vila Mariana, dos goianos do Quasar com o espetáculo Só Tinha de Ser com Você, de Henrique Rodovalho. A unidade Santana recebe o projeto Solos Poéticos, também até domingo. E no Belenzinho, amanhã e domingo, Tadashi Endo, em parceria com o Lume, encena Tasogare. Já o Centro Cultural São Paulo dá seqüência à programação do Solos, Duos e Trios.
Henrique Rodovalho inspirou-se nas canções do clássico disco Elis & Tom, gravado no início de 1974, para criar Só Tinha de Ser com Você. A proposta do coreógrafo é equilibrar todo o lirismo e delicadeza da trilha, com os movimentos ágeis e fortes dos bailarinos. As 13 músicas que compõem a trilha do espetáculo servem como pano de fundo para a coreografia, não como um roteiro. Nem pense em um espetáculo narrativo: a dança segue independente da trilha. Rodovalho destaca que deixou os intérpretes livres para sentirem as músicas e darem vazão aos seus sentimentos, o que pode ser visto na intensidade dos gestos.
Poemas foram a inspiração para as performances de Célia Gouvêa (C-E-C-I-L-I-A), Vera Sala (Estudos para Macabéa), Rita Nascimento (Flores Murchas) e Mariana Muniz (Túfuns), que serão mostradas na área de convivência do Sesc Santana dentro da programação Solos Poéticos. O projeto tem como objetivo apresentar uma dança feita por mulheres. Além da união entre dança e poesia, os espetáculos têm como marca a maturidade artística das intérpretes.
Já o trabalho de Tadashi Endo discute as tensões entre o feminino e o masculino e, sem dúvida, sofre forte influência das tradições orientais do butô, mesclando o teatro e a dança do Ocidente. O diretor do Mamu - Butoh Center e diretor artístico do festival Mamu International Butoh Festival, na Alemanha, traz a sua recente criação, Tasogare. "Significa crepúsculo, aquele momento em que o Sol se torna vermelho alaranjado e lentamente declina por trás das montanhas. Tudo parece turvo, espectral e tranqüilo. Todos os dias o anoitecer causa uma leve sensação de paz, calma e felicidade", diz Endo. Ele lembra de sua infância, quando brincava na rua com os amigos, da alegria de voltar para casa e a certeza do encontro no dia seguinte. "Tasogare é tudo que se repete na nossa vida, mas não estamos sós, estamos sempre acompanhados do que vem", define.
A coreografia é marcada por intensa expressão corporal, que pode ser traduzida por angústia, mas também por contemplação. A música minimalista de Tomoyuki Okadam dá o clima ao espetáculo, juntamente com a iluminação assinada pelo próprio Endo.
O Centro Cultural São Paulo abre sua tradicional temporada de dança com o Solos, Duos e Trios. Até o dia 2, os homens tomam o palco da sala Paulo Emílio. Alexandre Tripiciano estréia BR3, inspirado na música homônima de Antonio Adolfo e Tibério Gaspar. "A canção fala de um lugar que tentamos chegar, mas não alcançamos, o tema do solo", explica. Tripiciano tem um processo híbrido de criação coreográfica: mescla a dança contemporânea e capoeira de Angola.
Na seqüência da programação, Ricardo Neves, Anderson Gouvêa e José Romero partem de um assunto político, as disputas territoriais na Faixa de Gaza, improvisam sobre o tema e criam sua própria linguagem coreográfica em Briga de Galo.
Só tinha de Ser com Você, Quasar Cia. de Dança. Sesc Vila Mariana. R. Pelotas, 141, 5080-3000. Hoje, 19 horas. R$ 7,50 a R$ 15.
Henrique Rodovalho inspirou-se nas canções do clássico disco Elis & Tom, gravado no início de 1974, para criar Só Tinha de Ser com Você. A proposta do coreógrafo é equilibrar todo o lirismo e delicadeza da trilha, com os movimentos ágeis e fortes dos bailarinos. As 13 músicas que compõem a trilha do espetáculo servem como pano de fundo para a coreografia, não como um roteiro. Nem pense em um espetáculo narrativo: a dança segue independente da trilha. Rodovalho destaca que deixou os intérpretes livres para sentirem as músicas e darem vazão aos seus sentimentos, o que pode ser visto na intensidade dos gestos.
Poemas foram a inspiração para as performances de Célia Gouvêa (C-E-C-I-L-I-A), Vera Sala (Estudos para Macabéa), Rita Nascimento (Flores Murchas) e Mariana Muniz (Túfuns), que serão mostradas na área de convivência do Sesc Santana dentro da programação Solos Poéticos. O projeto tem como objetivo apresentar uma dança feita por mulheres. Além da união entre dança e poesia, os espetáculos têm como marca a maturidade artística das intérpretes.
Já o trabalho de Tadashi Endo discute as tensões entre o feminino e o masculino e, sem dúvida, sofre forte influência das tradições orientais do butô, mesclando o teatro e a dança do Ocidente. O diretor do Mamu - Butoh Center e diretor artístico do festival Mamu International Butoh Festival, na Alemanha, traz a sua recente criação, Tasogare. "Significa crepúsculo, aquele momento em que o Sol se torna vermelho alaranjado e lentamente declina por trás das montanhas. Tudo parece turvo, espectral e tranqüilo. Todos os dias o anoitecer causa uma leve sensação de paz, calma e felicidade", diz Endo. Ele lembra de sua infância, quando brincava na rua com os amigos, da alegria de voltar para casa e a certeza do encontro no dia seguinte. "Tasogare é tudo que se repete na nossa vida, mas não estamos sós, estamos sempre acompanhados do que vem", define.
A coreografia é marcada por intensa expressão corporal, que pode ser traduzida por angústia, mas também por contemplação. A música minimalista de Tomoyuki Okadam dá o clima ao espetáculo, juntamente com a iluminação assinada pelo próprio Endo.
O Centro Cultural São Paulo abre sua tradicional temporada de dança com o Solos, Duos e Trios. Até o dia 2, os homens tomam o palco da sala Paulo Emílio. Alexandre Tripiciano estréia BR3, inspirado na música homônima de Antonio Adolfo e Tibério Gaspar. "A canção fala de um lugar que tentamos chegar, mas não alcançamos, o tema do solo", explica. Tripiciano tem um processo híbrido de criação coreográfica: mescla a dança contemporânea e capoeira de Angola.
Na seqüência da programação, Ricardo Neves, Anderson Gouvêa e José Romero partem de um assunto político, as disputas territoriais na Faixa de Gaza, improvisam sobre o tema e criam sua própria linguagem coreográfica em Briga de Galo.
Só tinha de Ser com Você, Quasar Cia. de Dança. Sesc Vila Mariana. R. Pelotas, 141, 5080-3000. Hoje, 19 horas. R$ 7,50 a R$ 15.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/310265/visualizar/
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