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Politica Brasil
Quinta - 23 de Março de 2006 às 07:54

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O cenário político de Mato Grosso passa por uma reviravolta com a decisão do Supremo Tribunal Federal em manter a verticalização para as eleições deste ano, já que a partir de agora começa a corrida por aliados. Os aliados PPS e PFL são os que tendem a sofrer a maior ruptura, já que com a regra, aprovada por nove votos favoráveis e dois contrários, os partidos ficam impedidos de fazer nos estados coligações diferentes que a aliança nacional. Ambos estão afastados em âmbito nacional e no Estado não será diferente.

Cautelosos, os dirigentes do PPS disseram que vão aguardar a decisão do partido em âmbito nacional sobre a candidatura ou não do presidente da sigla, deputado federal Roberto Freire, à Presidência da República, o que pode impedir a “liberdade” de composição.

“Vamos trabalhar pelo maior arco de alianças possível. Mas antes vamos ouvir a orientação do PPS nacional neste fim de semana durante o congresso”, argumentou, no final da tarde de ontem, o secretário-geral do partido, Wagner Simplício, que acompanhava o presidente do diretório regional, Percival Muniz, em uma reunião com prefeitos filiados à agremiação.

No mesmo horário, toda a bancada de deputados estaduais do PFL se reunia com o presidente do diretório regional do partido, Jaime Campos. Entre os assuntos, a possibilidade de seguir para o processo eleitoral com chapa pura. A hipótese eliminaria qualquer possibilidade de seguir com o PPS rumo ao projeto de reeleição do governador Blairo Maggi (PPS).

“Temos nome para o Senado, que é o meu, para o governo temos vários, mas o preferencial é o do senador Jonas Pinheiro, e com certeza para vice e chapa completa para deputados estaduais e federais. O partido tem musculatura e está pronto para o jogo”, desafiou Jaime Campos.

Ainda assim, os pefelistas não extinguiram a possibilidade de seguirem com o PPS, ou com o PSDB, ou ainda com os dois, já que há uma discussão nacional que pode levar pepessistas e tucanos ao mesmo palanque. “Temos quatro possibilidades: irmos sozinhos, irmos com o PPS se não tiverem candidato à Presidência, ir com PPS e PSDB e até mesmo com o PMDB”, avaliou o deputado Dilceu Dal Bosco, durante a reunião com Jaime Campos e outros parlamentares.

Socialistas participam de encontro

Trinta representantes do PPS de Mato Grosso confirmaram presença no congresso nacional da sigla, que começa amanhã e vai até domingo, inclusive o governador Blairo Maggi, conforme informou o secretário-geral da sigla, Wagner Simplício.

Ninguém confirma no diretório regional, porém os rumores são de que Mato Grosso não deve defender a candidatura do presidente do diretório regional, deputado Roberto Freire, por conta dos empecilhos na hora de fechar alianças que a candidatura pode trazer para o Estado, já que a verticalização foi mantida pelo STF.

Recentemente, em entrevista à Folha do Estado, Freire disse que contaria com o apoio do governador Blairo Maggi e que o chefe do Executivo não deveria se preocupar com possível impedimento de alianças, pois a maioria ficaria livre para compor. A idéia é evitar a polarização PT e PSDB.

Em Mato Grosso, o discurso de chapa pura parece ter sido enterrado. Agora o que se fala é que o ideal é a busca por vários aliados, mas com a possibilidade de lançar chapa completa de deputados estaduais e federais.





Fonte: Folha do Estado

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