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Meio Ambiente
Quarta - 22 de Março de 2006 às 19:33

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A revista britânica "Nature" publicou hoje um estudo de um pesquisador brasileiro que afirma que até 40% da floresta amazônica pode desaparecer antes de 2050, a menos que sejam aplicadas novas medidas de conservação.

O documento, elaborado pelo professor brasileiro Britaldo Silveira Soares Filho da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), diz também que a Amazônia sofreu com a destruição de grandes habitats naturais.

A degradação é fruto do desmatamento realizado para abrir espaços para pasto de gado e para o cultivo de soja.

Segundo Soares Filho, a bacia do rio Amazonas "entrou em uma nova era, pois os crescentes lucros provenientes da pecuária e da produção de soja aumentam o desflorestamento e contribuem para a expansão da rede de estradas até o centro da região".

Se o atual uso humano da floresta não mudar, o pesquisador da UFMG calcula que o tamanho da Amazônia diminuirá de 5,3 a 3,2 milhões de quilômetros quadrados antes de 2050.

Na opinião de Soares Filho, os criadores de gado e os agricultores de soja "poderiam cumprir mais a lei ambiental brasileira, que contempla a proteção da vegetação do Rio Amazonas e das reservas florestais", se a utilização adequada da terra fosse um pré-requisito para "conseguir acesso aos lucrativos mercados internacionais".

Além disso, o relatório diz que o desmatamento amazônico pode afetar o aquecimento global, pois o menor número de árvore representará a emissão de bilhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.

A Bacia Amazônica regula o clima de quase toda a América do Sul e suas árvores cumprem a importante tarefa de consumir dióxido de carbono e produzir oxigênio.

Como "muitos dos benefícios da conservação da Amazônia repercutiriam em todo o mundo", Britaldo Silveira Soares Filho faz um apelo aos países ricos para que financiem um programa de proteção ambiental na região.

Considerada a maior bacia fluvial do mundo, a região amazônica é um gigantesco ecossistema de matas tropicais que tem uma área de sete milhões de quilômetros quadrados.

Segundo os cientistas, essa região é a reserva biológica mais rica do mundo, com milhões de espécies de insetos, plantas, pássaros e outras formas de vida, muitas das quais ainda não foram catalogadas.





Fonte: EFE

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