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Internacional
Quarta - 22 de Março de 2006 às 17:04

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O presidente da China, Hu Jintao, visitará Washington em 20 de abril e se reunirá com o presidente americano, George W. Bush, anunciou hoje a Casa Branca.

"A visita é uma oportunidade para que o presidente (Bush) trabalhe com o dirigente chinês em várias áreas de interesse mútuo, e para que faça progressos na resolução das diferenças pendentes", afirmou um comunicado.

De acordo com a Casa Branca, Bush "espera discutir com o presidente Hu uma gama completa de assuntos regionais e internacionais, incluindo a guerra contra o terrorismo, a não-proliferação (de armas nucleares) e a promoção da liberdade e da prosperidade na Ásia e em outras partes".

Quase 25% do déficit comercial dos Estados Unidos, que em 2005 alcançou o número sem precedentes de US$ 725,8 bilhões, tem sua origem nas trocas comerciais com a China, e Washington enfrenta as pressões de empresas dos EUA que denunciam a concorrência desleal por parte de Pequim.

No ano passado, as pressões protecionistas nos EUA impediram a aquisição por uma empresa do Estado chinês da firma petrolífera Unocal, o que foi um golpe para a China, que possui bilhões de dólares em dinheiro e bônus dos EUA.

A aquisição de bônus e a absorção dos dólares que os americanos gastam em produtos importados se transformaram em um importante sustento da China à estabilidade do dólar.

Por outra parte, a China e os Estados Unidos, junto com o Japão, Coréia do Sul e Rússia, estão juntos nos esforços para impedir que a Coréia do Norte avance na fabricação de armas nucleares.

As relações entre China e EUA se viram afetadas pela recente decisão de Bush de permitir as vendas de tecnologia nuclear à Índia.

Outro ponto de atrito entre Washington e Pequim é a situação de Taiwan, província da China separada do Governo central desde 1949 e aliada dos EUA.

Em seu recente relatório anual sobre a situação dos direitos humanos no resto do mundo, o Governo Bush criticou a China devido à supressão da imprensa independente, e a repressão de grupos religiosos e de protestos de camponeses.

Pequim respondeu criticando os EUA pelo tratamento de prisioneiros na base naval de Guantánamo, em Cuba, e na prisão iraquiana de Abu Ghraib.





Fonte: EFE

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