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Politica Brasil
Quarta - 22 de Março de 2006 às 15:34
Por: Luciana Cury

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Marcelância, Paranaíta, União do Sul, Claudia, Feliz Natal, Guarantã do Norte e Colniza. Esses municípios amargam hoje a pior crise econômica já registrada no Estado. Cidades que a pouco menos de um ano tinham da extração e comercialização da madeira a principal fonte de riqueza econômica, viram após a ‘Operação Curupira’, que desarticulou uma quadrilha especializada na venda e transporte ilegal da madeira, a receita municipal diminuir drasticamente a cada mês.

Aumento do desemprego e da violência, falta de verbas, empresas sendo fechadas são os principais problemas enfrentados por esses municípios prejudicados pela crise. Colniza, município localizado a 1,2 mil km de Cuiabá, os problemas são bem maiores dos que ditados acima. É o que asseguram o prefeito Sérgio Bastos dos Santos (PMDB) e os vereadores José Luiz de Paulo (PTB), José Batista Pereira (PL), Hélio Mendes de Souza (PFL), Anderson Garcia Maia (PDT), Camilo Poltronieri (PMDB), Valdinei da Silva Moraes (PP) e Mauro Mendes Nunes (PFL). Eles procuraram a ajuda dos deputados Eliene Lima e José Riva (os dois do PP), para que Colniza receba auxílio por parte do Poder Executivo Estadual.

De acordo com os parlamentares municipais, o município abriga hoje um dos piores conflitos agrário do Estado. Conforme os vereadores, Colniza tem hoje mais de 600 famílias desabrigadas. Morando em barracos e lonas, essas famílias agravam os índices de dificuldades da cidade. A situação ficou mais agravante após o despejo de 220 famílias de uma fazenda próxima ao município. Sem ter para onde ir, as famílias ocupam hoje a quadra de esporte do Ginásio municipal.

“São pessoas de Rondônia, Amazonas e até de outros estados, que com a crise madeireira, ficaram desempregados e hoje não têm onde trabalhar e muito menos dinheiro para irem embora”, comenta Hélio Mendes. “Há 8 anos, Colniza tinha pouco mais de 8 mil habitantes. Hoje esse numero pulou para mais de 40 mil. Muitos vieram em busca de oportunidades de emprego. Com a crise eles não tem para onde ir. Pedimos que o Govenro do Estado interceda nessa questão”, acrescenta o vereador.

Se não bastasse essa questão fundiária, o município vem sofrendo com as constantes chuvas. As MTs 170 e 206, estão em péssimas condições. Segundo o vereador José Luiz, a MT-170 está passando por reformas, através da operação tampa-buracos promovido pelo governo do Estado, porém alguns trechos o tráfego é péssimo.

Já a MT-206, que liga Mato Grosso a Rondônia e Amazonas, buracos e atoleiros tomam conta do trecho próximo a Colniza. Essa rodovia, uma das mais movimentadas, é o pesadelo dos motoristas, que vêem seus caminhões e carros atolados.

“Além dessas estradas estaduais, existem mais de 3 mil estradas vicinais tomadas pelo barro”, diz o vereador Camilo Poltronieri. Para resolver essa questão, os vereadores, acompanhados dos deputados, se reunirem com o secretário de Estado de Infra-estrutura (Sinfra), Vilceu Marchetti. No encontro, os setes vereadores pediram a doação de uma máquina Patrola e uma Pá Carregadeira.

Maquinários que serão utilizados para diminuir o número de buracos e atoleiros nas ruas da cidade. “Temos somente um caminhão basculhante para atender uma população de mais de 40 mil”, reclama José Batista Pereira.

Reivindicações- Aproveitando a oportunidade, o prefeito e vereadores trataram de buscar outras melhorias para Colniza. Instalação de um Banco de Sangue, de um posto do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), ampliação da sede dos Correios e a doação de um botijão de armanezamento de sêmen de gado são outras melhorias que os representantes municipais trataram de buscar para Colniza.

Conforme o vereador José Luiz de Paulo, a doação de sangue atualmente está sendo feita de forma inadequada. Ele explica que no momento em que é feita a coleta do doador, só é feita a análise para identificar o tipo de sangue. Exames para detectar se o sangue coletado apresenta alguma doença transmissível pelo sangue, como a Hepatite, Aids, Malária ou Doenças de Chagas, não são feitos por falta de equipamentos.

“O que recebeu sangue pode estar sendo contaminado. Doenças podem estar sendo passadas de um para outro, no momento da doação de sangue. Como lá tem muitos acidentes, a doação de sangue é imprescindível. Mas é preciso que essa doação seja feita de forma segura”, afirma o vereador. Quem necessita dos serviços do Bando do Brasil ou do INSS tem que andar centenas de quilômetros. Para ter acessos ao serviço bancário é preciso percorrer 150 km até Aripuanã, na agencia mais próxima. Já quem necessita da assistência do INSS precisa ir até Juína, a 300 km.

“A população de Colniza sofre não somente com a crise madeireira, mas também com as enormes deficiências na área social. Os deputados Eliene e Riva nos acompanharam e nos ajudam a levar essas melhorias para nossa cidade. Nos recebemos a garantia que nossos pedidos serão estudados, o que já nos dá um alento”, finaliza o prefeito Sérgio Bastos.





Fonte: Da Assessoria AL

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