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Politica Brasil
Quarta - 22 de Março de 2006 às 08:54
Por: Auro Ida

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O governador Blairo Maggi autorizou o MT Fomento a assumir a cobrança dos créditos do antigo Banco do Estado (Bemat), que foi extinto na administração Dante de Oliveira. Os ativos são da ordem de R$ 180 milhões que serão utilizados para a capitalização da instituição.

"Toda a recuperação que conseguirmos se transformará em ativos do MT Fomento", informou o presidente da instituição, Éder Moraes. Ele disse que já alugou o antigo imóvel onde funcionou a Procuradoria Fiscal da Prefeitura de Cuiabá, no centro. "Vamos centralizar todo o sistema de cobrança no local". Éder diz que esses créditos não serão utilizados para a amortização da dívida de R$ 280 milhões contraída junto ao Tesouro Nacional para a liquidação do Bemat durante a gestão passada. "O Estado já paga em torno de R$ 2 milhões por mês, mesmo que não tenha recuperado um centavo, e, por isso, o governador Blairo Maggi deixou para o MT Fomento".

A maior parte desse ativos é considerada "podre" pelo mercado financeiro. Mas mesmo assim, Éder está confiante que é possível recuperar pelo menos 20% do total. "Vamos sacudir defunto na tumba". Segundo ele, muita gente que não estava mais esperando ser cobrado vai levar um susto quando receber a notificação. "Muitos créditos do Bemat são operação do Finame, possíveis de serem resgatados". Acredita que, dentro de 60 dias, terá tudo organizado para começar o trabalho de recuperação dos ativos. "Estamos profissionalizando a cobrança que surtirá efeito".

Além disso, Maggi entregou também ao MT Fomento a cobrança de ativos do Fundeic, que hoje tem R$ 23 milhões de inadimplência. Desse total, R$ 12 milhões foram transferidos para a instituição que se encarregará na sua recuperação. "Muita gente vai se surpreender com a cobrança dessa dívida". Éder informou que a equipe econômica tem respaldado o MT Fomento para atuar forte na recuperação dos ativos do Estado. A preocupação, segundo ele, é evitar que as dívidas se prescrevam e, por isso, deverá ingressar nos próximos meses com ações judiciais.





Fonte: A Gazeta

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