Pagot comunica saída para dia 31

O secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Antônio Pagot, irá se desincompatibilizar no próximo dia 31 para, em tese, ser o coordenador-geral da campanha a reeleição do governador Blairo Maggi. A definição aconteceu ontem durante a reunião, no apartamento do chefe do executivo estadual, no edifício Rio Sena, entre o próprio Maggi, a bancada do PPS na Assembléia Legislativa e a executiva regional do partido.

A saída de Luiz Pagot do governo foi aprovada por unanimidade pelos presentes à reunião. Em verdade, ele será uma espécie de "reserva técnica" do PPS que, em princípio, irá lançar chapa completa. "Vamos ter candidato ao governo, a vice e ao Senado", informou o presidente da agremiação, Percival Muniz.

A decisão de ter chapa completa, segundo ele, é importante para o partido ter maior poder de fogo durante as negociações com os futuros aliados. "Não existe essa questão de chapa pura. O que estamos colocando é chapa completa, mas aberto para negociação", ressaltou. O único ponto inegociável é a candidatura ao governo.

A chapa completa do PPS seria composta pelo governador Blairo Maggi, candidato a reeleição, Luiz Pagot como vice e Percival Muniz para o Senado. Nenhum participante da reunião falou sobre o projeto político do secretário-chefe da Casa Civil. "O pagot é nome forte e tem condições de disputar qualquer cargo", informou o deputado Mauro Savi, líder do governo na Assembléia Legislativa.

A reunião serviu também para aparar as arestas entre a bancada e o presidente do partido. "Não temos mais direito de criar confusão entre nós", avisou Maggi. "Agora é hora de morder a língua e seguir para frente". O governador observou que as diferenças e os maus entendidos foram esclarecidos e que, a partir de agora, o PPS irá trabalhar em harmonia pela sua reeleição. "Antes de conversar com outros partidos tínhamos que arrumar a nossa cozinha".