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Politica Brasil
Terça - 21 de Março de 2006 às 06:21
Por: Marcia Raquel

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A Câmara Municipal de Poconé ficou reunida durante todo o dia de ontem em sessão extraordinária convocada para julgar o processo de cassação dos vereadores Celso Fontes (PL) e Rodemilson Barros (PDT). Até o final da tarde, quando cerca de 420 das mais de mil páginas do processo haviam sido lidas, a expectativa era que a sessão se estendesse pela madrugada.

Convocada pela presidente da Mesa Diretora, vereadora Mariana Petronília, que assumiu o cargo após o Tribunal de Justiça cassar a liminar que determinou o retorno de Celso Fontes ao cargo, a sessão teve início às 08h30. A convocação da sessão extraordinária foi publicada no Diário Oficial do Estado do dia 17 de março, que circulou na nesta segunda-feira, 20.

De acordo com a convocação, os vereadores acusados teriam o prazo de duas horas para apresentar a sustentação oral de suas defesas em plenário. O parecer da Comissão Processante, que investiga denúncias de improbidade administrativa feitas pelo vereador Lauro Eubank, é pela cassação dos parlamentares.

Porém, como os vereadores não compareceram à sessão, a presidente da Câmara nomeou uma advogada, Suzana Cristina, de Cuiabá, para apresentar a defesa dos parlamentares acusados.

Três suplentes foram convocados para participar da sessão deliberativa, já que nenhuma das partes tem direito a voto. O vereador Eubank afirmou que estava acompanhando a sessão, porém sem direito a voto.

Segundo Eubank, os trabalhos na Câmara não foram interrompidos um só minuto. “Para almoçar nós mantivemos o quorum mínimo de seis vereadores e nos revezamos”, disse o vereador ao afirmar que o almoço foi servido no prédio da própria Câmara.

A expectativa, segundo o vereador, era de que a leitura do processo levasse cerca de um dia e meio. “Nós tínhamos uma previsão de cerca de três minutos para cada página, mas está sendo mais rápido, está levando cerca de um minuto e meio, então acho que de madrugada conseguimos encerrar”, ponderou.

Segundo Eubank, até aquele momento não havia nenhuma manifestação no sentido de interromper a sessão para ser recomeçada no dia seguinte. Se a Câmara decidir pela cassação, os suplentes Ademir Zulli e Cácio Santos assumem respectivamente as vagas de Celso Fontes e de Rodemilson de Barros.

A reportagem tentou entrar em contato com o vereador Celso Fontes e com a sua advogada Lenice Silva dos Santos, porém eles não atenderam o telefone celular e nem retornaram as ligações.





Fonte: Diário de Cuiabá

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