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Homem causa maior onda de extinções desde dinossauros
Os seres humanos são os responsáveis pela maior série de extinções desde a época dos dinossauros e terão de trabalhar muito para conseguir atingir a meta de diminuir o ritmo até 2010, disse na segunda-feira um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).
São cada vez maiores as ameaças enfrentadas por habitats desde recifes de corais até florestas tropicais, disse o Secretariado da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica no relatório, divulgado na abertura da cúpula da ONU que acontece em Curitiba e que vai até o dia 31 de março.
"De fato, somos os responsáveis pelo sexto maior evento de extinção da história da Terra, e o maior desde o desaparecimento dos dinossauros, há 65 milhões de anos", afirmou o texto, intitulado Perspectivas Globais sobre Biodiversidade 2, com 92 páginas.
A população de 6,5 bilhões de seres humanos, e que continua crescendo, está prejudicando o ambiente de animais e plantas com a poluição, a expansão das cidades, o desmatamento, a introdução de "espécies estranhas" e o aquecimento global, afirmou o documento.
O documento estimou que o ritmo das extinções está mil vezes maior que as taxas históricas, pondo em risco a meta estabelecida na cúpula da ONU de 2002, em Johanesburgo, de "obter, até 2010, uma redução significativa na atual taxa de perdas na biodiversidade".
"Esforços inéditos serão necessários para atingir o objetivo da biodiversidade para 2010 nos níveis nacional, regional e global", afirmou o texto. O relatório foi mais pessimista que a primeira edição, divulgada pela ONU em 2001.
Segundo a lista de alerta compilada pela União de Conservação Mundial, 844 animais e plantas foram extintos nos últimos 500 anos, e a relação provavelmente ainda é muito menor do que o número real de extinções. "As causas diretas da perda de biodiversidade - mudança no habitat, superexploração, introdução de espécies estranhas e invasivas, alteração climática - não estão dando sinais de se reduzir", afirmou o relatório.
Mas, mesmo assim, a meta para 2010 "não é impossível", disse o documento, que fez um apelo por mais esforços para preservar habitats que vão de desertos a florestas, além de pedir uma gestão melhor de recursos como a água e a madeira. Cerca de 12% da superfície terrestre está em áreas protegidas, mas nos oceanos a proporção é de apenas 0,6%.
O relatório recomendou mais ações para conter a poluição e a emissão de gases derivados de combustíveis fósseis. Segundo o texto, a perda líquida de florestas por ano foi de 7,3 milhões de hectares - uma área do tamanho do Panamá ou da Irlanda - entre 2000 e 2005. Mesmo assim, ainda foi menor que os 8,9 milhões de hectares de perda registrados por ano entre 1990 e 2000.
A ONU afirmou que os prejuízos causados pela introdução de espécies invasoras nos EUA, na Austrália, na Grã-Bretanha, na África do Sul, na Índia e no Brasil são estimados em mais de 100 bilhões de dólares. Cerca de 300 "espécies invasoras" - moluscos, crustáceos e peixes - foram levadas ao Mediterrâneo, desde o mar Vermelho, com a abertura do canal de Suez, no século XIX.
Quanto a quatro metas importantes, o relatório deu notas contraditórias. Considerou que houve "progresso razoável" na colaboração global, mas avanços "limitados" na obtenção de fundos e pesquisas. Disse que o progresso no planejamento e na implementação de decisões relativas à biodiversidade esteve "longe do suficiente", e que a melhor compreensão da biodiversidade teve pontos bons e ruins.
São cada vez maiores as ameaças enfrentadas por habitats desde recifes de corais até florestas tropicais, disse o Secretariado da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica no relatório, divulgado na abertura da cúpula da ONU que acontece em Curitiba e que vai até o dia 31 de março.
"De fato, somos os responsáveis pelo sexto maior evento de extinção da história da Terra, e o maior desde o desaparecimento dos dinossauros, há 65 milhões de anos", afirmou o texto, intitulado Perspectivas Globais sobre Biodiversidade 2, com 92 páginas.
A população de 6,5 bilhões de seres humanos, e que continua crescendo, está prejudicando o ambiente de animais e plantas com a poluição, a expansão das cidades, o desmatamento, a introdução de "espécies estranhas" e o aquecimento global, afirmou o documento.
O documento estimou que o ritmo das extinções está mil vezes maior que as taxas históricas, pondo em risco a meta estabelecida na cúpula da ONU de 2002, em Johanesburgo, de "obter, até 2010, uma redução significativa na atual taxa de perdas na biodiversidade".
"Esforços inéditos serão necessários para atingir o objetivo da biodiversidade para 2010 nos níveis nacional, regional e global", afirmou o texto. O relatório foi mais pessimista que a primeira edição, divulgada pela ONU em 2001.
Segundo a lista de alerta compilada pela União de Conservação Mundial, 844 animais e plantas foram extintos nos últimos 500 anos, e a relação provavelmente ainda é muito menor do que o número real de extinções. "As causas diretas da perda de biodiversidade - mudança no habitat, superexploração, introdução de espécies estranhas e invasivas, alteração climática - não estão dando sinais de se reduzir", afirmou o relatório.
Mas, mesmo assim, a meta para 2010 "não é impossível", disse o documento, que fez um apelo por mais esforços para preservar habitats que vão de desertos a florestas, além de pedir uma gestão melhor de recursos como a água e a madeira. Cerca de 12% da superfície terrestre está em áreas protegidas, mas nos oceanos a proporção é de apenas 0,6%.
O relatório recomendou mais ações para conter a poluição e a emissão de gases derivados de combustíveis fósseis. Segundo o texto, a perda líquida de florestas por ano foi de 7,3 milhões de hectares - uma área do tamanho do Panamá ou da Irlanda - entre 2000 e 2005. Mesmo assim, ainda foi menor que os 8,9 milhões de hectares de perda registrados por ano entre 1990 e 2000.
A ONU afirmou que os prejuízos causados pela introdução de espécies invasoras nos EUA, na Austrália, na Grã-Bretanha, na África do Sul, na Índia e no Brasil são estimados em mais de 100 bilhões de dólares. Cerca de 300 "espécies invasoras" - moluscos, crustáceos e peixes - foram levadas ao Mediterrâneo, desde o mar Vermelho, com a abertura do canal de Suez, no século XIX.
Quanto a quatro metas importantes, o relatório deu notas contraditórias. Considerou que houve "progresso razoável" na colaboração global, mas avanços "limitados" na obtenção de fundos e pesquisas. Disse que o progresso no planejamento e na implementação de decisões relativas à biodiversidade esteve "longe do suficiente", e que a melhor compreensão da biodiversidade teve pontos bons e ruins.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/311228/visualizar/
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