Governistas do PMDB devem aceitar cancelar convenção

A ala governista do PMDB deve aceitar a proposta do presidente Michel Temer de cancelar a convenção marcada para o dia oito de abril. "Acho plausível que não tenha convenção. O presidente está com uma atitude equilibrada e ponderada", disse o líder do partido no Senado, Ney Suassuna (PB), que é declaradamente contra a candidatura própria.

Os governistas conseguiram assinaturas para convocar a convenção, com o intuito de barrar a candidatura do partido. Com a liminar do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e com o presidente Temer admitindo a invalidade das prévias, no entanto, a reunião perde o sentido.

Michel Temer sugeriu hoje que a decisão sobre candidatura própria seja tomada em conjunto na convenção nacional, que deve acontecer apenas entre os dias 10 e 30 de junho. Suassuna mostrou-se ainda satisfeito com a atitude de Temer e nega que seu partido esteja dividido.

"Só existe um PMDB, mas ele é muito grande e democrático", afirmou. Para o líder, a maioria dos membros do partido sairia prejudicada com a candidatura própria e a manutenção da verticalização. "Apesar das diversas opiniões, no entanto, luto para que o partido esteja unido. É muito ruim cada vez que nos dividimos", concluiu.