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Politica Brasil
Segunda - 20 de Março de 2006 às 07:02

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João Pedro Stédile afirmou que o Brasil enfrenta uma crise que não cessará em curto prazo. Esse período, segundo ele, resultará no acúmulo de forças populares e na convulsão social a longo prazo, ou seja, o que para muitos seria a "revolução".

Para o dirigente do MST, a crise que o país enfrenta tem três características: crise social, econômica e ideológica. A primeira é o reflexo do desemprego estrutural brasileiro, que atinge mais de 25% da população.

A crise econômica seria comprovada pela "estagnação" da economia, que cresce 2,5% ao ano. O percentual cresce no mesmo ritmo que a população. Por último, a crise ideológica seria a inércia da população ante os escândalos nacionais, como o "mensalão", a ocupação de morros cariocas por parte do Exército, entre outros.

"Isso aqui virou uma republiqueta e que não se resolverá pela via eleitoral. A sociedade está apática porque foi derrotada. E o que é pior, foi derrotada pela vitória (eleitoral) do Lula", avaliou Stédile, ao reafirmar voto e filiação ao PT. A apatia, segundo ele, teria como um dos culpados a "imprensa burguesa", que seria a maior derrotada no escândalo de pagamento de propina a deputados da base ligada ao presidente da República. "Tentaram derrubar o ministro (Antônio) Palocci e não conseguiram. Como fomos derrotados política e ideologicamente, isso vai levar anos para se recuperar. Mas um dia o povo pode se reacender", diz Stédile, ao dizer que o oligopólio das transnacionais é o único que não sofre com o desaquecimento da economia. (TM)





Fonte: A Gazeta

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