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Politica Brasil
Sábado - 18 de Março de 2006 às 08:09
Por: Marcia Raquel

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A coligação entre o PPS e o PFL em Mato Grosso depende, sobretudo, da decisão do PPS sobre candidatura própria ou não à Presidência da República. Com a expectativa de que o PSDB e o PFL estarão juntos em nível nacional, o pré-candidato à sucessão do presidente Lula (PT), governador de São Paulo Geraldo Alckimim (PSDB), trabalha para trazer o PPS para o arco de alianças.

Entre os dias 24 e 26 de março o PPS realiza, em Belo Horizonte, o XV Congresso Nacional do partido, quando deve definir se terá ou não candidatura a presidente da República. “Se o PPS não lançar candidato a presidente, mesmo se a verticalização for mantida, nós podemos coligar com o PFL”, avaliou o primeiro vice-presidente da Executiva Regional do PPS, ex-prefeito Roberto França. “Então é preferível ter cautela e aguardar não só a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), mas também a do PPS sobre a candidatura a presidente”, acrescentou.

A mesma avaliação foi feita pelo senador Jonas Pinheiro (PFL), que tem sido pressionado pelo partido a aceitar uma candidatura ao governo do Estado contra o governador Blairo Maggi (PPS). “Tem possibilidade de o PPS coligar com o PSDB e Geraldo Alckmin está trabalhando para isso”, disse o senador ao observar que o PFL está conversando muito com o PSDB. “Estamos todos no aguardo”, disse.

O PFL, na última reunião da Executiva Estadual, decidiu que não abre mão da candidatura do ex-governador Jaime Campos ao Senado e que vai aguardar a decisão do STF sobre a verticalização para definir sobre coligações e candidatura ao governo do Estado. Porém, o deputado estadual Zéca D’Ávila já anunciou oficialmente que é candidato ao governo do Estado pelo PFL, caso o senador Jonas Pinheiro não aceite disputar o cargo.

Na avaliação de Roberto França, a verticalização no pleito deste ano deverá ser mantida pelo STF. Nesse contexto, segundo ele, a reedição da aliança com o PFL depende do que for definido no Congresso do partido. Segundo França, o PPS nacional vem trabalhando com várias hipóteses: candidatura própria com Roberto Freire; mantém conversas com o PMDB; estuda uma coligação com o PFL ou, ainda, a construção de uma terceira via com o PDT, PHS e PV.

CONGRESSO – De acordo com informações divulgadas no site oficial do PPS, já está tudo pronto para o Congresso Nacional do partido. A expectativa é que o evento se transforme em uma pré-convenção eleitoral, já que na ocasião serão discutidas as estratégias da legenda para as eleições de 2006 em todos os estados, além da pré-candidatura do deputado Roberto Freire à Presidência da República.

As estratégias do partido para superar a cláusula de barreira, regra que obriga os partidos a ultrapassarem 5% dos votos para deputado federal em pelo menos nove estados, para que a legenda continue tendo direito ao fundo partidário, tempo de televisão e representação no Congresso Nacional, também será pauta da reunião.

Além de aprovar as estratégias para as eleições de 2006, o PPS, por meio de seus delegados, vai escolher os membros do novo Diretório Nacional da legenda e reformarão o estatuto do partido.





Fonte: Diário de Cuiabá

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