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Politica Brasil
Sábado - 18 de Março de 2006 às 06:49
Por: Marcos Lemos

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O governador Blairo Maggi (PPS) disse ontem que não vai ceder aos apelos dos partidos políticos aliados para que defina a participação de cada um dentro da reedição da coligação Mato Grosso Mais Forte. Ele reconheceu que há uma disputa interna, principalmente pela única vaga de senador da República, e compreende como um direito de cada uma das agremiações postular e indicar nomes. O chefe do Executivo defende que as conversas só sejam iniciadas após definidas as regras eleitorais.

“Quem elege não sou eu e sim o povo”, explicou Blairo Maggi, assinalando que os partidos políticos têm o direito de manifestar suas vontades e indicarem postulantes, assim como têm o direito de se unirem e indicar apenas um nome, como foi em 2002 com o senador Jonas Pinheiro (PFL). Para o governador, existe uma pressa desnecessária em se decidir as coisas, “mas sem as regras colocadas na mesa e sem a possibilidade de mudanças é complicado se falar em conversações, em entendimentos”, explicou.

A verticalização continua ainda a ser o grande pesadelo do governador de Mato Grosso e da maioria dos partidos que desejam a qualquer custo estar no arco de alianças que formalizará a coligação Mato Grosso Mais Forte, repetindo 2002.

Enquanto existir a possibilidade da Justiça tomar uma decisão divergente daquela que hoje está em vigor, a instabilidade política vai continuar reinando na vida política. “O que definirmos hoje pode não ser válido amanhã e aí como ficam as coisas, as candidaturas e principalmente como fica o eleitor com tantas informações ao mesmo tempo?”, perguntou o governador Blairo Maggi.

Mesmo não admitindo publicamente, Maggi tem feito política partidária constantemente e isso acaba deflagrando problemas de relacionamento entre os partidos. Um exemplo é a proximidade do chefe do Executivo com o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Silval Barbosa (PMDB), que já admite a possibilidade de também disputar a única vaga de senador da República e começa a trazer cizânia para dentro do PPS. A ala mais radical do partido do governador defende uma chapa pura, sem nenhum outro partido, regra rejeitada por Blairo Maggi por mais de uma vez, apontando que não aceita ir para uma disputa sem estar coligado com parceiros.

“Por enquanto são só especulações sem nenhum efeito, porque não sabemos as regras e as decisões dos partidos a nível nacional. O PPS é um bom exemplo, tem conversado com vários partidos e pode ter ou não candidato próprio ou pode sair coligado nacionalmente e todas essas possibilidades foram geradas a partir da indefinição legal quanto às regras da verticalização, então enquanto não houver regras definidas não há como se falar em entendimentos e relacionamentos partidários”, disse Blairo Maggi.

Porém o governador já admite iniciar conversações com o PP. O partido tem liberdade da direção nacional para fazer as composições desejáveis nos estados.





Fonte: Diário de Cuiabá

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