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Politica Brasil
Sexta - 17 de Março de 2006 às 13:52
Por: Valéria Cristina

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O workshop Desenvolvimento Região Brasil Central, começou hoje de manhã na Assembléia Legislativa de Mato Grosso, com presença de várias autoridades, e foi marcado por um protesto do Fórum de Luta pela Ferrovia em Cuiabá. Os integrantes do fórum distribuíram panfletos, espalharam faixas e o coordenador da entidade, vereador Francisco Vuolo, conseguiu até dizer algumas palavras, com anuência da mesa do evento. Participaram da abertura do workshop o governador Blairo Maggi (PPS); os secretários de Estado de Infra-estrutura, Vilceu Marcheti; e chefe da Casa Civil, Luiz Antonio Pagot; o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Júlio José de Campos; e o presidente da Assembléia, deputado Silval Barbosa (PMDB).

Silval, durante sua fala, permitiu que Vuolo se manifestasse sobre o Fórum Pró-Ferrovia. O vereador reclamou que o governo do Estado não tem dado toda a atenção merecida ao assunto e que a chegada da Ferronorte em Cuiabá deve ser prioridade. O presidente da Assembléia frisou concordar com a luta, mas discordou do manifesto e lembrou que todas as autoridades de Mato Grosso têm trabalhado para ver os trilhos chegarem à Capital. Silval também pediu que Vuolo parasse a panfletagem e retirasse as faixas porque ele estava sendo injusto com todos que brigam pela ferrovia.

O governador Blairo Maggi também se disse surpreso com o protesto, que caracterizou de duro golpe e muito triste para um governo que não tem medido esforços para trazer o desenvolvimento para Mato Grosso. “Se tem alguém que não tem culpa da Ferronorte ainda não ter chegado aqui são os políticos do Estado”, frisou.

Falando sobre o projeto de desenvolvimento para a região central do Brasil, desenvolvido pela Agência Nacional Transporte Terrestre (ANTT), Maggi ressaltou que a licitação em andamento vai “acordar” a Ferronorte, podendo acelerar suas decisões. Isso porque o projeto citado criará mais uma via de escoamento da produção.

O autor do projeto, diretor da ANTT, Gregório Rabelo, ressaltou que essa é a mais importante licitação que tramita hoje no governo federal. Mas para implantar a ferrovia setentrional será preciso esforço redobrado. Por isso mesmo estão marcadas audiências para discutir o assunto nos Estados que são os maiores interessados nesse corredor para escoação de produção. Além de Cuiabá, haverá audiências no Maranhão, Tocantins e no Senado, em Brasília. Esta ferrovia setentrional beneficiaria diretamente os Estados do Centro Oeste, além de Maranhão, Tocantins e Piauí.

Rabelo destacou que a região central do Brasil tem um terço do território nacional e é responsável por 70% da produção de grãos, mas sofre com falta de infra-estrutura. Palestra

O secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Antonio Pagot, foi o primeiro palestrante do workshop e falou sobre o Cenário econômico na região da ferrovia. Ele salientou que o Estado de Mato Grosso é gigantesco, tem uma área invejável - não só pelo tamanho, mas pela produtividade – porém sofre com a limitação imposta pelos gargalos da infra-estrutura.

“O alto custo do frete mata e inviabiliza o desenvolvimento da atividade agrícola em algumas regiões, como o norte, por exemplo. Esse eixo setentrional será implantado em uma região que não tem infra-estrutura competitiva e não tem recebido investimentos do governo”, frisou.





Fonte: Da Assessoria AL

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