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Politica Brasil
Quinta - 16 de Março de 2006 às 07:04

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O deputado federal Pedro Henry (PP), político mais votado na última eleição, foi absolvido nesta quarta-feira pelo plenário da Câmara dos Deputados, por 255 votos a 176. A maioria absoluta acatou a recomendação do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, que não achou provas que o apontava como um dos responsáveis pela distribuição do "mensalão" no Partido Progressista e de oferecer compensações para que deputados trocassem de partido. Henry havia sido denunciado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que, mais tarde, admitiu acusações infundadas. Com o atestado de idoneidade restabelecido, o parlamentar anuncia nesta quinta-feira o seu destino nas eleições de 2006.

Não há muito mistério. Henry deverá confirmar que é candidato ao Senado Federal dentro da aliança “Mato Grosso Mais Forte”, que tem Blairo Maggi candidato ao Governo – a vaga de vice ainda não está definida. Em verdade, Henry vai confirmar o desejo de disputar a vaga de Mato Grosso pela coligação, conforme entendimentos mantidos ainda em 2002 com Maggi, então candidato ao Governo. “Ele já até encaminhou o pedido de licença para fins particulares, com a finalidade de fazer política e dar início a preparação de sua campanha” – informou uma alta fonte.

Nesta quarta-feira, antes da votação do relatório da Conselho de Ética, Henry se colocou a disposição da imprensa nesta quinta-feira para falar sobre seu futuro, qualquer que fosse o resultado do plenário. Com a absolvição, o parlamentar deverá tratar da questão eleitoral, anunciando a sua disposição de concorrer à vaga ocupada atualmente por Antero de Barros (PSDB). Dentro da aliança governista, essa vaga é reivindicada também pelo PFL, que deseja indicar Jaime Campos, ex-prefeito de Várzea Grande.

Em outras ocasiões, Henry disse, segundo relatos do governador Maggi, que jamais seria “empecilho” para constituição da aliança. Inclusive, com o PFL, reeditando a coligação que ganhou as eleições de forma retumbante em 2002. Porém, o político sempre trabalhou com a certeza de que sairia na disputa ao Senado, confiante no acordo de outrora. Para isso, ele reforçou o PP e fechou compromissos políticos com parlamentares, como é o caso de Eliene Lima e Chico Daltro, dois deputados estaduais, que vão disputar as vagas de Mato Grosso na Câmara dos Deputados. “Sou homem de palavra” – frisou, durante a turbulência das acusações.

A exemplo do Governo, a disputa ao Senado deverá ter poucos candidatos. A disputa se concentra, principalmente, dentro dos agrupamentos políticos. A razão é simples: existe um “vácuo” considerável a espera de um político estruturado. Até porque é quase certo que Antero de Barros abdique de disputar a reeleição em função das dificuldades conjunturais. O PT deverá indicar Carlos Abicalil ou Alexandre César. Fala-se também no nome de Vicente Vuolo Filho, assessor da senadora Serys. O PMDB vem ensaiando o nome de Silval Barbosa. O PFL com Jaime Campos e o PP com Pedro Henry.

Articulistas políticos, no entanto, colocam Pedro

Henry em outras posições. Uma delas é a de que seria o nome a entrar como vice de Blairo Maggi. Até porque Henry é um dos poucos parlamentares federais que goza de prestígio junto ao governador e seu grupo político. A indicação do vice deve se dar em caráter pessoal. Isso só aconteceria se houver grande necessidade de manter o PFL na aliança – e ainda vingar a proposta do Congresso Nacional, que acaba com a verticalização. Outra posição dada a Henry seria uma vaga no Tribunal de Contas do Estado.





Fonte: 24HorasNews

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