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Internacional
Quarta - 16 de Janeiro de 2013 às 01:09

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Dezenas de pessoas foram mortas ou feridas nesta terça-feira quando tropas sírias invadiram uma área perto da academia militar em Homs, no centro da Síria, em meio a uma ofensiva contra posições rebeldes em toda a província, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"Dezenas de pessoas foram mortas ou feridas após tropas invadirem uma área entre a academia militar, um grande posto de controle e a zona industrial".

As tropas ainda queimaram e destruíram a propriedade durante o violento ataque à área, descreveu uma testemunha ao OSDH.

O Conselho Geral da Revolução Síria afirmou que as forças do regime "cometeram um massacre" na área e que mais de 24 pessoas foram "sumariamente executadas e suas casas e corpos, incendiados".

O diretor do Observatório, Rami Abdel Rahman, conversou com a AFP por telefone e descreveu a região como uma área de propriedades rurais.

Entre as vítimas estariam famílias foragidas da cidade de Homs e da vizinha Deir Baalba, onde dezenas de pessoas foram mortas em um ataque do regime em dezembro.

A área fica localizada próxima ao bairro de Al-Waer, em Homs, onde um general, um soldado e um miliciano pró-regime foram mortos em uma emboscada efetuada por combatentes rebeldes, relatou uma testemunha.

A aviação "lançou um ataque contra os bairros cercados", disse à AFP um dos ativistas anti-regime na região da cidade velha de Homs sitiada, que se identificou como Abu Bilal. "O Exército está tentando retomar o controle de Homs".

Em outra localidade na província, 12 civis, incluindo sete menores, foram mortos em um ataque de artilharia contra a cidade de Houla, onde milicianos pró-regime são suspeitos de matar mais de 100 pessoas em maio do ano passado.

Enquanto isso, as forças do regime bombardearam a cidade de Qusayr - dominada pelos rebeldes - e a vila de Bayeda al-Sharqiyeh, segundo o Observatório, que desconhece o número de vítimas.

Homs, no centro da Síria, ficou conhecida como "a capital da revolução" pelos rebeldes e ocupa uma posição estratégica devido às importantes rotas comerciais em direção ao Líbano, Iraque e às regiões do sudoeste próximas a Damasco.

Há meses as tropas do regime mantêm um cerco a áreas da cidade e na província.

Um agente de segurança disse à AFP em outubro, após o Exército invadir o distrito de Khaldiyeh ocupado pelos rebeldes, que os militares esperavam eliminar os últimos focos de resistência em Homs e nas proximidades da cidade de Qusayr para liberar tropas para a batalha no norte, como Aleppo.





Fonte: AFP

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