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Politica Brasil
Terça - 14 de Março de 2006 às 08:00
Por: Marcia Raquel

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Apesar dos apelos eufóricos de líderes municipais, pré-candidatos e de alguns dos deputados estaduais que compareceram à reunião do PFL na manhã desta segunda-feira, o senador Jonas Pinheiro afirmou que só vai decidir se disputa ou não a eleição para o governo do Estado contra o governador Blairo Maggi (PPS) depois da definição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a verticalização e depois de avaliar o resultado de uma pesquisa de opinião pública a ser realizada pelo partido nos próximos dias.

No entanto, a Executiva Estadual obteve a liberação para iniciar as conversas oficiais com outros partidos em busca de coligações para as eleições de outubro próximo e reiterou a candidatura do ex-governador e presidente do Diretório Regional, Jaime Campos, ao Senado. “A partir de agora vamos conversar com todos os partidos, inclusive com o PSDB e com o PPS”, disse Jaime Campos, ao observar que as conversas independem do resultado da pesquisa.

Além disso, a reunião também serviu para abrir oficialmente o processo de inscrição dos candidatos às chapas proporcionais e para aprovar a realização de uma pesquisa de opinião pública para avaliar os quadros do partido e o rumo que a legenda deve seguir. Até o momento, cerca de 30 pré-candidatos a deputado estadual e 12 a federal já se manifestaram.

Discursos fervorosos, como o do deputado Zéca D’Ávila, que depois de lançar oficialmente o seu nome ao governo do Estado disse estar decidido a não participar da campanha para o cargo caso o PFL decida reeditar a aliança com o PPS, marcaram o encontro, realizado na Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM). Todos, com exceção do senador Jonas Pinheiro, que foi cauteloso ao se pronunciar, disseram ser favoráveis à candidatura própria ao governo como forma de fortalecer o partido.

As críticas ao PPS foram contundentes. A começar por Jaime Campos, que voltou a reclamar da falta de consideração do PPS para com o PFL e chegou a afirmar que não discorda do ex-governador Dante de Oliveira (PSDB) quando este afirma que o PFL é tratado quase como um leproso pelo PPS. “Temos sido parceiros leais, não exigimos nada. E passados três anos desse governo a recíproca não é verdadeira”, ressaltou.

“Quero ir para a coligação, mas não vou de arrasto, de joelhos, se for assim eu prefiro ir para casa", continuou Jaime Campos, já ensaiando um discurso de oposição. Por fim, afirmou que o seu desejo enquanto cidadão é ter Jonas Pinheiro como candidato ao governo. “O PFL não pode ficar aguardando posição de quem não quer estar conosco”, disse, referindo-se à falta de diálogo com o PPS.

O senador Jonas, diante de todos os apelos, fez um retrospecto de sua vida política e afirmou que nunca fugiu de desafios. Porém afirmou que essa decisão não precisa ser tomada nesse momento. “Vou aguardar a decisão do STF, que está prevista para o dia 22, e da pesquisa. Mas fico feliz porque não estamos mais órfãos”, disse ao se referir à disposição de Zéca D’Ávila em disputar o governo do Estado.





Fonte: Diário de Cuiabá

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