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Simpatizantes e críticos comentam O Código Da Vinci
A dois meses da estréia do filme O Código Da Vinci, baseado no polêmico livro homônimo, simpatizantes e críticos desta história fazem comentários, entre eles a Igreja Católica americana.
O aparecimento do livro de Dan Brown, em 2003, que foi traduzido para dezenas de idiomas e do qual foram vendidos 40 milhões de exemplares em todo o mundo, há havia despertado a ira da Igreja.
Tendo como pano de fundo um conjunto de intrigas e complôs, o livro defende a existência de um descendente de Jesus e Maria Madalena, que teria sido escondido durante 20 séculos pelo Vaticano.
Com o objetivo de contrariar esta hipótese a Conferência Episcopal Católica dos Estados Unidos lançou nesta quinta-feira o site na internet Jesusdecoded.com, destinado a "fornecer informações exatas sobre Jesus, o ensino católico e outros temas mencionados no Código Da Vinci".
No entanto, seu diretor de comunicações, monsenhor Francis Maniscalco, afirmou que esta iniciativa não representa uma forma de autodefesa frente ao longa-metragem "hollywoodiano" que está prestes a estrear.
O filme, que contou com orçamento de US$ 100 milhões, dirigido por Ron Howard e com o ator Tom Hanks e os franceses Audrey Tautou (Amélie Poulain) e Jean Reno nos papéis principais, abrirá o festival de Cannes, em 17 de maio próximo antes de chegar às salas de exibição do mundo inteiro.
Grupos conservadores adotaram uma atitude mais ofensiva que a da hierarquia da Igreja, como a Liga Católica, organização de 350.000 membros que pediu ao diretor do filme, Ron Howard, para colocar uma advertência no início do filme, onde declare que a história é ficcional.
"Ainda não é tarde demais para afirmar claramente que este filme é uma fábula", afirmou o presidente da liga, William Donahue, em carta aberta publicada nesta semana no jornal The New York Times. O risco é que os fiéis levem a obra ao pé da letra e coloquem sua fé em dúvida, explicou à AFP.
O estúdio Sony Pictures Entertainment (SPE), cuja filial, Columbia, distribuirá o filme, negou-se a informar se atenderão este pedido, disseram seus executivos à AFP.
"Nós não revelamos o que está ou não no filme, mas dissemos em várias oportunidades que se trata de ficção e que, antes de tudo, é uma obra de suspense, não um panfleto religioso", disse Jim Kennedy, vice-presidente do SPE, encarregado do departamento de comunicação.
Como mostra de que a Sony não faz pouco caso da polêmica e levando em conta que o tema religioso é delicado nos Estados Unidos, o estúdio apóia o site TheDaVinciDialogue.com na internet, no qual especialistas, inclusive os mais críticos ao livro, expressam seus pontos de vista.
Um deles, o teólogo Thomas Rausch, qualifica a obra de "anticatólica". O livro "apresenta a Igreja Católica como uma inimiga da liberdade, que distorce a mensagem de Jesus, esconde provas, se compromete em uma campanha de desinformação e apresenta o Opus Dei como uma organização católica sinistra, que não hesita em utilizar a violência e mata para alcançar seus objetivos", disse Rausch.
O porta-voz do Opus Dei nos Estados Unidos, Brian Finnerty, pede que a Sony trate "a Igreja Católica com senso de eqüidade com outras religiões". "Preocupa-se que as pessoas confundam às vezes os fatos com a realidade", disse à AFP.
É aí onde está o problema, destacou Robert Thompson, professor de cultura popular da Universidade de Syracuse (Nova York, leste). Dan Brown se preocupou em alimentar a ambigüidade afirmando que seu livro se baseou em documentos históricos.
Este livro "se lê como se fosse um romance histórico. É por isso que tanta gente diz que não sabe como diferenciar o que faz parte da pesquisa e o que é ficção", afirmou.
O aparecimento do livro de Dan Brown, em 2003, que foi traduzido para dezenas de idiomas e do qual foram vendidos 40 milhões de exemplares em todo o mundo, há havia despertado a ira da Igreja.
Tendo como pano de fundo um conjunto de intrigas e complôs, o livro defende a existência de um descendente de Jesus e Maria Madalena, que teria sido escondido durante 20 séculos pelo Vaticano.
Com o objetivo de contrariar esta hipótese a Conferência Episcopal Católica dos Estados Unidos lançou nesta quinta-feira o site na internet Jesusdecoded.com, destinado a "fornecer informações exatas sobre Jesus, o ensino católico e outros temas mencionados no Código Da Vinci".
No entanto, seu diretor de comunicações, monsenhor Francis Maniscalco, afirmou que esta iniciativa não representa uma forma de autodefesa frente ao longa-metragem "hollywoodiano" que está prestes a estrear.
O filme, que contou com orçamento de US$ 100 milhões, dirigido por Ron Howard e com o ator Tom Hanks e os franceses Audrey Tautou (Amélie Poulain) e Jean Reno nos papéis principais, abrirá o festival de Cannes, em 17 de maio próximo antes de chegar às salas de exibição do mundo inteiro.
Grupos conservadores adotaram uma atitude mais ofensiva que a da hierarquia da Igreja, como a Liga Católica, organização de 350.000 membros que pediu ao diretor do filme, Ron Howard, para colocar uma advertência no início do filme, onde declare que a história é ficcional.
"Ainda não é tarde demais para afirmar claramente que este filme é uma fábula", afirmou o presidente da liga, William Donahue, em carta aberta publicada nesta semana no jornal The New York Times. O risco é que os fiéis levem a obra ao pé da letra e coloquem sua fé em dúvida, explicou à AFP.
O estúdio Sony Pictures Entertainment (SPE), cuja filial, Columbia, distribuirá o filme, negou-se a informar se atenderão este pedido, disseram seus executivos à AFP.
"Nós não revelamos o que está ou não no filme, mas dissemos em várias oportunidades que se trata de ficção e que, antes de tudo, é uma obra de suspense, não um panfleto religioso", disse Jim Kennedy, vice-presidente do SPE, encarregado do departamento de comunicação.
Como mostra de que a Sony não faz pouco caso da polêmica e levando em conta que o tema religioso é delicado nos Estados Unidos, o estúdio apóia o site TheDaVinciDialogue.com na internet, no qual especialistas, inclusive os mais críticos ao livro, expressam seus pontos de vista.
Um deles, o teólogo Thomas Rausch, qualifica a obra de "anticatólica". O livro "apresenta a Igreja Católica como uma inimiga da liberdade, que distorce a mensagem de Jesus, esconde provas, se compromete em uma campanha de desinformação e apresenta o Opus Dei como uma organização católica sinistra, que não hesita em utilizar a violência e mata para alcançar seus objetivos", disse Rausch.
O porta-voz do Opus Dei nos Estados Unidos, Brian Finnerty, pede que a Sony trate "a Igreja Católica com senso de eqüidade com outras religiões". "Preocupa-se que as pessoas confundam às vezes os fatos com a realidade", disse à AFP.
É aí onde está o problema, destacou Robert Thompson, professor de cultura popular da Universidade de Syracuse (Nova York, leste). Dan Brown se preocupou em alimentar a ambigüidade afirmando que seu livro se baseou em documentos históricos.
Este livro "se lê como se fosse um romance histórico. É por isso que tanta gente diz que não sabe como diferenciar o que faz parte da pesquisa e o que é ficção", afirmou.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/313046/visualizar/
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