Repórter News - reporternews.com.br
Thank You for Smoking ironiza trabalho de lobistas do tabaco
O lobista do tabaco Nick Naylor poderia facilmente ter sido o vilão do filme ainda inédito Thank You for Smoking (Obrigado por Fumar). Afinal, ele diz a crianças que elas devem tomar suas próprias decisões quanto a fumar ou não.
Em lugar disso, porém, Naylor é o herói de um filme que mostra a indústria dos cigarros norte-americana nos estertores de uma guerra de relações públicas, na década de 1990, tentando combater as crescentes reclamações sobre os riscos do fumo para a saúde.
"Naylor é um típico americano: o relações-públicas ativo, alguém que é basicamente uma boa pessoa mas que faz seu trabalho porque a disputa verbal o instiga. Ele se sente excitado e se deixa levar por sua própria habilidade verbal", disse Christopher Buckley, autor do romance homônimo de 1994 que serviu de base para o filme. "O perigo com isso é que você se descobre promovendo o câncer."
Representado por Aaron Eckhart, Naylor possui um lado libertário forte e costuma andar com lobistas da indústria de álcool e armas de fogo - um grupo que se auto-apelidou "esquadrão M.O.D.", as iniciais de "Mercadores da Morte", em inglês. Ele não tem vergonha do que faz e age com a mesma calma, quer esteja discutindo com parlamentares os riscos do cigarro para a saúde ou recomendando a uma classe de adolescentes que tomem suas próprias decisões quanto ao fumo.
"Ele não gosta que lhe digam o que fazer", explicou Buckley. "Ele está reagindo contra o neopuritanismo que afirma que as pessoas não podem fumar ou beber e que as armas são prejudiciais."
Caveira no maço O adversário de Naylor é o sério senador Ortolan Finisterre (William Macy), líder de uma cruzada em favor do acréscimo de uma imagem de caveira nos maços de cigarros norte-americanos.
O diretor Jason Reitman, também autor do roteiro, disse que o filme é em parte reação à correção política vigente nos EUA hoje, na qual políticos e executivos obsessivamente transmitem mensagens prontas, em detrimento do debate civil. Reitman disse que Naylor "representa algo que os jovens americanos sentem no momento: que estão fartos com a correção política. Eles sentem que os dois lados os estão enganando e tentando lhes dizer como devem viver suas vidas".
A Fox Searchlight Pictures pretende lançar o filme em Nova York, Washington e Los Angeles em 17 de março. Thank You For Smoking estréia num momento em que a reação contra o fumo e o perigo de inalar fumaça de outras pessoas ganha força em todo o mundo. No mês passado, os parlamentares britânicos aprovaram medida que vai proibir o fumo em todos os espaços públicos fechados a partir do próximo ano, com isso se somando a uma lista crescente de países e cidades norte-americanas, como Nova York e Los Angeles, que já adotaram proibição semelhante.
Outros países também proíbem o fumo em espaços públicos, incluindo Itália, Irlanda e Cingapura. Mesmo Cuba, célebre por seus charutos, proibiu o fumo em muitos espaços públicos. Buckley, que não fuma desde 1988, disse achar que as proibições já foram longe demais. "Eu não gosto de inalar a fumaça de outras pessoas, mas, se fomos capazes de levar o homem à Lua, aposto que poderíamos encontrar um tipo de ventilação que pudesse levar a fumaça de uma parte de um bar ou restaurante para longe dos não fumantes", disse ele.
Em lugar disso, porém, Naylor é o herói de um filme que mostra a indústria dos cigarros norte-americana nos estertores de uma guerra de relações públicas, na década de 1990, tentando combater as crescentes reclamações sobre os riscos do fumo para a saúde.
"Naylor é um típico americano: o relações-públicas ativo, alguém que é basicamente uma boa pessoa mas que faz seu trabalho porque a disputa verbal o instiga. Ele se sente excitado e se deixa levar por sua própria habilidade verbal", disse Christopher Buckley, autor do romance homônimo de 1994 que serviu de base para o filme. "O perigo com isso é que você se descobre promovendo o câncer."
Representado por Aaron Eckhart, Naylor possui um lado libertário forte e costuma andar com lobistas da indústria de álcool e armas de fogo - um grupo que se auto-apelidou "esquadrão M.O.D.", as iniciais de "Mercadores da Morte", em inglês. Ele não tem vergonha do que faz e age com a mesma calma, quer esteja discutindo com parlamentares os riscos do cigarro para a saúde ou recomendando a uma classe de adolescentes que tomem suas próprias decisões quanto ao fumo.
"Ele não gosta que lhe digam o que fazer", explicou Buckley. "Ele está reagindo contra o neopuritanismo que afirma que as pessoas não podem fumar ou beber e que as armas são prejudiciais."
Caveira no maço O adversário de Naylor é o sério senador Ortolan Finisterre (William Macy), líder de uma cruzada em favor do acréscimo de uma imagem de caveira nos maços de cigarros norte-americanos.
O diretor Jason Reitman, também autor do roteiro, disse que o filme é em parte reação à correção política vigente nos EUA hoje, na qual políticos e executivos obsessivamente transmitem mensagens prontas, em detrimento do debate civil. Reitman disse que Naylor "representa algo que os jovens americanos sentem no momento: que estão fartos com a correção política. Eles sentem que os dois lados os estão enganando e tentando lhes dizer como devem viver suas vidas".
A Fox Searchlight Pictures pretende lançar o filme em Nova York, Washington e Los Angeles em 17 de março. Thank You For Smoking estréia num momento em que a reação contra o fumo e o perigo de inalar fumaça de outras pessoas ganha força em todo o mundo. No mês passado, os parlamentares britânicos aprovaram medida que vai proibir o fumo em todos os espaços públicos fechados a partir do próximo ano, com isso se somando a uma lista crescente de países e cidades norte-americanas, como Nova York e Los Angeles, que já adotaram proibição semelhante.
Outros países também proíbem o fumo em espaços públicos, incluindo Itália, Irlanda e Cingapura. Mesmo Cuba, célebre por seus charutos, proibiu o fumo em muitos espaços públicos. Buckley, que não fuma desde 1988, disse achar que as proibições já foram longe demais. "Eu não gosto de inalar a fumaça de outras pessoas, mas, se fomos capazes de levar o homem à Lua, aposto que poderíamos encontrar um tipo de ventilação que pudesse levar a fumaça de uma parte de um bar ou restaurante para longe dos não fumantes", disse ele.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/313066/visualizar/
Comentários