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Politica Brasil
Sábado - 11 de Março de 2006 às 08:59
Por: Marcos Lemos

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A venda da empresa MT Gás e a possível implantação da Usina de Fertilizante da Petrobras em Mato Grosso vão depender de uma série de gestões que o governador Blairo Maggi faz nos próximos dias 15 e 16, quando se reúne com o presidente da Bolívia, Evo Morales, com o vice-presidente, que é o presidente do Congresso Nacional, Álvaro Garcia Limera, e ministros, principalmente o da pasta de Hidrocarburos, em La Paz.

Maggi viaja na terça-feira (14), na parte da tarde, e mantém dois dias de audiências na Bolívia, país por onde realizou um estradeiro rodoviário no primeiro semestre de 2005 em busca de novas saídas para a exportação de produtos mato-grossenses, visando os mercados asiático e oriental. De lá para cá, a Bolívia já passou por dois presidentes e por uma onda de instabilidade política e econômica.

A grande missão do chefe do Executivo mato-grossense será conseguir uma cota adquirida pelo Estado ou pela própria Petrobras suficiente para abastecer o mercado de gás combustível e a usina de fertilizantes, que tem como matéria-prima o gás para a produção que tornará o Estado auto-suficiente. Os fertilizantes são importantes para o trato da terra, visando ampliar a produtividade agrícola.

A usina que consumirá recursos da ordem de R$ 2 bilhões vem para abastecer o mercado interno e possivelmente o externo, sendo que Mato Grosso disputa com outros estados como Mato Grosso do Sul e ainda com a própria Bolívia a implantação da usina de fertilizantes. A palavra final depende da Petrobras, que por outro lado mantém mais de U$S 1 bilhão de dólares em investimentos no país vizinho.

O presidente Evo Morales, nativo boliviano que chegou ao poder Executivo através de eleições diretas, defende a repatriação de usinas que exploram o gás e outros combustíveis e que são hoje administradas por empresas estrangeiras como a Petrobras, o que tem representado instabilidade econômica. Fora isso, Mato Grosso tenta há mais de ano adquirir cota extra de gás para consumo de veículos e para garantir uma linha de fornecimento que estimule as empresas mato-grossenses de grande porte e outras nacionais a virem se instalar aqui por causa do barateamento do custo na geração de energia pelo gás.

“Vamos ter uma pauta extensa de reuniões em dois dias e acreditamos na possibilidade de avançarmos na questão do gás e da integração entre Mato Grosso e Bolívia, que são fronteiriços e têm interesses em se integrar economicamente, vendendo e adquirindo produtos mutuamente”, disse o secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Antônio Pagot.





Fonte: Diário de Cuiabá

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