Possível foco de hantavírus preocupa a Colômbia

Dois laboratórios especializados dos Estados Unidos e Chile analisarão se efetivamente foi o hantavírus a causa da recente morte de três militares e um civil no noroeste da Colômbia, informaram hoje as autoridades de saúde.

As mostras das vítimas serão analisadas nos laboratórios para confirmar o diagnóstico, informou o médico Felipe Aguirre Arias, chefe do Departamento de Saúde de Antioquia, ao qual pertence a área em alerta pelo possível foco.

Aguirre explicou à imprensa em Medellín, a capital regional, que "por não haver histórico da doença no país, nem processos específicos e validados para este estudo, a situação nos obriga a esperar os relatórios finais de órgãos de saúde do Chile e Estados Unidos".

Nestes dois países existem laboratórios "com experiência e conhecimento" para entregar "diagnósticos confiáveis e verificáveis", acrescentou o funcionário.

"Na Colômbia não há relatos de morte por hantavírus", insistiu Aguirre. Ele afirmou que, enquanto isso, os serviços de saúde promoverão campanhas de prevenção e de controle de roedores.

A emergência tem como centro a localidade de Necoclí, no litoral, onde 33 militares e três civis contraíram o vírus ou estiveram expostos a ele. Três militares e um civil morreram entre os dias 3 e 7. Outros dois soldados e a mãe e um irmão de um deles permanecem hospitalizados.

Na quinta-feira, o Ministério da Proteção Social observou que o primeiro diagnóstico num dos casos de vítimas mortais indica que pode se tratar de uma "doença pulmonar produzida pelo hanta vírus".

Todos os pacientes apresentaram "sintomas de doença febril, mal-estar geral, náuseas, vômito, dificuldade respiratória e dor abdominal, entre outros", o que corresponde ao quadro do hanta.

O vírus é transmitido por roedores, especialmente ratos silvestres, e pode ser adquirido pelo consumo de água ou alimentos contaminados com excrementos dos animais. Também pode entrar por via respiratória, com partículas desses sedimentos.