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Cultura
Sexta - 10 de Março de 2006 às 20:10

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Esqueça as engenhocas, os carros invisíveis, as estações espaciais que explodem. O próximo filme de James Bond será pura ação e coragem física, com um espião que se atrapalha ao matar, se apaixona e não gosta de violência. Quem o afirma são os criadores do filme.

"Cassino Royale", o 21o. filme com o espião britânico, leva Bond de volta ao início da série de histórias de Ian Fleming, quando ele comete seus dois primeiros assassinatos a trabalho e ganha sua licença para matar.

Não haverá imagens geradas por computador, o prólogo é em preto e branco, e o agente do MI6, que pela primeira vez será representado pelo ator inglês Daniel Craig, vai levar algum tempo a vestir o smoking que é sua marca registrada.

O diretor Martin Campbell disse a jornalistas que visitaram o set das filmagens nas Bahamas, esta semana: "Ele acaba sendo mais ou menos convencido e moldado para se transformar em Bond, na bela máquina emocionalmente fechada que Bond acabou se tornando."

Mas, enquanto não se transforma no sedutor imperturbável com quem os fãs do agente 007 já se acostumaram, Daniel Craig, o primeiro James Bond loiro, vai revelar um lado mais humano do personagem.

"Ele comete erros, se atrapalha. Bond acha difícil conviver com a violência, algo que ele quer esconder. Ele é obrigado a cometer dois assassinatos, e um deles faz muita sujeira. Ele se apaixona de verdade por uma garota", contou o diretor.

Daniel Craig, 38 anos, disse que o James Bond que quer retratar começa sendo uma pessoa "falível". O roteiro não evita o sexismo que marcou os primeiros filmes de James Bond mas que, desde então, foi diluído.

"Mas ele é Bond, então nem sempre é bonzinho", disse o ator.

AÇÃO DE SOBRA

Em uma cena de perseguição ambientada no Madagascar, mas rodada nas Bahamas, Bond persegue o terrorista Mollaka numa máquina de terraplanagem, depois a pé, atravessando um canteiro de obras. Na cena, ele salta de um guindaste de 43 metros de altura para outro de 37 metros.

A idéia é que a determinação implacável de Bond se revele enquanto ele persegue o terrorista através de uma favela e uma selva do Madagascar.

O filme será diferente dos espetáculos carregados de explosivos e engenhocas que foram "007 ¿ Um Novo Dia para Morrer", de 2002, e "007 Contra GoldenEye" (1995), este também dirigido por Campbell.

De acordo com a co-produtora Barbara Broccoli, o último filme da franquia iniciada há 44 anos e que já rendeu quase 4 bilhões de dólares desde "007 Contra o Satânico Dr. No", de 1962, com Sean Connery como James Bond, marcará a volta da série a suas origens.

Foi por isso, segundo ela, que a EON abriu mão de Pierce Brosnan, o mais bem-sucedido dos cinco atores que foram Bond até hoje, para apostar em um rosto novo, mais jovem.





Fonte: Reuters

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